O secretário de Meio Ambiente, Luis Henrique Daldegan, disse no final de semana, em Diamantino, na audiência pública sobre zoneamento agroambiental, que a região, por possui áreas abertas já consolidadas, poderá ser beneficiada com o mecanismo legal que a proposta do ZSEE dá em relação a 50% de reserva legal nas propriedades.
Daldegan destacou a necessidade de preservação ambiental na região onde está localizada a nascente do Rio Paraguai – uma das mais importantes do mundo. “Temos que ter esse cuidado. Mas, acima de tudo, essas audiências têm o clamor social e isso é fundamental, inclusive, para que a proposta possa ter validade na Comissão Nacional e no Conselho Nacional de Meio Ambiente”.
O secretário disse também que as discussões têm como objetivo esclarecer o projeto, para que na hora da aprovação pelos deputados, ele seja um projeto de estado. “O governador Blairo Maggi encaminhou uma proposta à Assembléia, mas é a sociedade quem vai definir o zoneamento”, informou.
O representante da Associação de Produtores de Soja (Aprosoja), Ricardo Ariolli, que também participou da audiência pública, disse que o desejo dos produtores é construir um estado altamente produtivo, com uma qualidade ambiental não encontrada em nenhum outro lugar do mundo. “Temos reservas legais e áreas de preservação permanentes. Temos problemas pontuais a serem corrigidos. Mas, de uma forma geral, o produtor tem na sua propriedade a reserva legal e áreas intactas. E o zoneamento pode nos ajudar”, afirmou.
Ariolli disse que os pontos considerados restritivos pelos produtores estão sendo discutidos nas audiências, como a criação de novos parques “que podem ser instrumentos interessantes para aquelas pessoas que precisam compensar as reservas legais, por exemplo”.
O secretário adjunto de Planejamento Arnaldo Alves de Souza também salientou a importância da iniciativa como uma oportunidade única para que a sociedade possa se manifestar. Para ele, a proposta do ZSEE de Mato Grosso difere das propostas que estão em andamento em outros Estados, com exceção de Rondônia, em relação a inclusão do ser humano no processo. “Não tem como discutir ecologia e economia sem o ser humano. Com isso o projeto passou a ser discutido com a sociedade e, ficou bem mais amplo”, afirmou ele