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CUT quer elevar escolaridade de trabalhadores em Mato Grosso

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Combate ao trabalho escravo, elevação da escolaridade dos trabalhadores, apoio às causas sindicais, mais critérios na aplicação de incentivos e renúncias fiscais. São pontos que a Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT) definiu como importantes dentro de seu plano de atuação para 2008, discutido na última reunião da diretoria estadual da entidade. Além deste, a central discutiu ainda um Projeto de Elevação de Escolaridade dos Trabalhadores além de mudanças em sua direção estadual e executiva.

A CUT, que participou da discussão para consolidação do plano estadual de educação em reunião com a comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto da Assembléia Legislativa, lembra que as estatísticas sobre educação dos trabalhadores do Estado são preocupantes. A entidade constatou que 68,41% da população ativa no Estado, ou 1,397 milhão de trabalhadores, têm menos de oito anos de estudo. E que a oferta de 1,4 mil profissionais capacitados é insuficiente frente ao contingente de dois milhões de pessoas economicamente ativas em Mato Grosso.

A CUT entende que uma população mais instruída reflete em maior inserção no mercado e, conseqüentemente, garante mais qualidade de vida. Além disso, a falta de estudo da população também compromete o desenvolvimento do estado, uma vez que já está comprovado que a baixa escolaridade gera impacto negativo na renda do trabalhador. “Hoje, há uma contradição gigantesca em um Estado de economia crescente, sem mão-de-obra qualificada”, disse o presidente da entidade, Júlio César Martins Viana. “Estamos excluindo nosso trabalhador do processo produtivo”, completou. Segundo Viana, o contingente mais atingido por essa realidade é relativo aos jovens. “Eles são ainda mais marginalizados”, afirmou.

A entidade manterá a cobrança na efetivação das políticas públicas também na saúde. Segundo Viana, é essencial assegurar o acesso aos atendimentos médicos públicos de qualidade, especialmente referentes ao alto custo e complexidade. Para reverter o quadro atual, a CUT sugere a aplicação dos recursos constitucionais voltados às pastas e distribuição mais criteriosa entre renúncia e despesas fiscais. Viana revelou que R$ 500 milhões deixaram de ser arrecadados pelo Estado no primeiro semestre, somente na saúde, e outros R$ 380 milhões na educação. “Esses valores fazem muita falta para a população”, frisou.

A central também continuará acompanhando os sindicatos em suas negociações coletivas e campanhas salariais. As ações ganharão corpo através da entrega de cartazes, panfletos e folders para instruir a população. Para abril, a entidade prepara a plenária estadual da CUT a fim de orientar as frentes sindicais e consolidar o debate.

Também na reunião ficou deliberado que, em vista do afastamento do diretor Fábio Chagas Barbosa da atividade sindical, será remanejada a suplente Vânia Lúcia Schembek Silva. Outra mudança ocorre na secretaria geral. Maria Antônia Martins dos Santos resolveu se afastar por incompatibilidade das atividades profissional e sindical. O cargo foi assumido pela suplente Teresinha Ferreira, bancária. A reunião da direção estadual e executiva ocorreu na sede da entidade, no último dia 11 de novembro.

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