Uma comunidade, contra o aumento da tarida de ônibus, em Cuiabá, foi criada em uma rede social e os participantes já planejam uma série de manifestos. A passagem foi elevada de R$ 2,80 para R$ 3,10 nesta segunda-feira (26), por sugestão do Conselho Municipal de Transporte e com autorização do prefeito Mauro Mendes (PSB). O primeiro evento está previsto para esta quarta-feira (28) na Praça Ipiranga, região central da Capital a partir das 16h, em pleno horário de pico.
Pelo menos 300 mil pessoas utilizam o transporte público em Cuiabá diariamente e estão pagando mais caro para se locomoverem. “O prefeito Mauro Mendes mais uma vez ataca a população cuiabana aliado a máfia do transporte!”, diz trecho da publicação compartilhada na tarde desta terça-feira (27) na comunidade intitulada “Bloco de Lutas Por Uma Vida Sem Catracas – MT”. De acordo com a postagem, a ideia é sair às ruas para discutir transporte público e gritar que eles não aceitam o aumento da tarifa. Para os administradores da página, o valor de R$ 3,10 cobrado atuamentel é “roubo”.
Pelo menos 200 pessoas já confirmaram presença no evento. Mas vale destacar que raramente eventos organizados pelas redes sociais conseguem reunir nas ruas o mesmo número de participantes que confirmam presença no ambiente virtual. Foi assim que aconteceu em várias outras manifestações já realizadas em Cuiabá. O público que comparece costuma ser bem abaixo do esperado.
Com as manifestações, os participantes, que incluem estudantes, sindicalistas, e representantes de algumas entidades, esperam conseguir fazer pressão suficiente para que o aumento de 30 centavos no valor da tarifa seja revogado. Eles argumentam que os serviços são ruins com frotas que compostas por ônibus sucateados e sem ar condicionado, superlotação nos coletivos, atrasos contantes sem uma devida fiscalização em relação aos horários de circulação para que os ônibus passem nos pontos nos horários previstos.
Outra reclamação constante de usuários do transporte público de Cuiabá, é a falta de coberturas nos pontos de embarque e desembarque, em especial nos bairros mais afastados do centro da cidade. Na comunidade virtual, os participantes têm compartilhado fotos e a agenda do grupo que vem fazendo reuniões para organizar as manifestações e a pauta de reivindicações bem como expor os principais problemas enfrentados pelos usuários.