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Cuiabá: vagões do VLT estão parados e expostos na manutenção

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Há 10 meses, os primeiros vagões do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) chegaram em Cuiabá e foram colocados no Centro de Manutenção, próximo ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande. No local, os 40 trens permanecem o tempo todo expostos ao sol e chuva, sem qualquer cobertura.

Descartado para ser entregue ainda este ano, o VLT é uma expectativa da população para 2015. De acordo com o último relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE/MT), divulgado no início do mês de julho, a situação dos trens parados sem proteção pode provocar danos, o que geraria um novo custo para serviços de reparo e manutenção. Consórcio responsável pela implantação do modal garante que as composições têm validade de até 30 anos mesmo expostos a condições climáticas adversas.

Aguardados por cuiabanos e várzea-grandenses desde que foi anunciado pelo governo do Estado em 2012, o VLT é a única obra do pacote de mobilidade urbana para a Copa do Mundo prevista para 2015, um ano após a realização dos jogos na Capital. Com 22 km de extensão, o novo modal vai interligar as duas cidades através dos eixos Aeroporto-CPA e Coxipó-Centro. Enquanto os futuros passageiros aguardam pela entrega do modal, os trens do VLT estão parados.

Construído para abrigar as composições vindas da Espanha, o Centro de Manutenção está com todos os trens estacionados. Localizado aos fundos da pista de pouso e decolagem do aeroporto eles podem ser vistos de longe. Enfileirados, os vagões estão lado a lado. A aparência moderna contrasta com o terreno em volta ainda em obras. Bem próximo aos trens, caminhões e operários passam. A permanência dos trens no local já foi criticada pelo TCE/MT como “aquisição precoce”.

No relatório de acompanhamento das obras do VLT divulgado no dia 1º de julho, o conselheiro
substituto João Batista Camargo afirma que “além de se encontrarem estacionados no pátio, ainda poderão apresentar obsoletismo por ocasião de sua entrada em operação”.

Na época, Camargo questionou a compra das composições antes mesmo da conclusão e entrega do modal. Segundo ele, o Estado poderia ter aguardado até o adiantamento da frente de obras. No mesmo relatório, o prazo estipulado pelogoverno para entrega do VLT para 31 de dezembro de 2014 foi considerado “impossível de se concretizar e tecnicamente inexequível”.

Orçado em R$ 1,4 bilhão, o VLT tem apresentado média de avanço de menos de 4% por mês. A obra é composta por diversas frentes de trabalho. Além da construção da via permanente, há a execução das chamadas “obras de arte especiais”.

OUTRO LADO – Segundo a assessoria de imprensa do Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, a fabricante dos trens garante que “não há prejuízos quanto à exposição a intempéries, porque foram projetados para suportar as mais variadas condições climáticas como sol, chuva, ventos, raios, poeira, frio, entre outros, por um período de 30 anos, independentemente de estarem estacionados ou em circulação”. Acrescenta ainda que os veículos passam por manutenções programadas, além de testes mecânicos e eletrônicos, obedecendo aos procedimentos descritos nos manuais de instrução.

 

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