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Cuiabá: superintendente da PF depõe e afirma que magistrado está morto

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O júri popular do empresário Josino Guimarães, em Cuiabá, que entrou hoje no 2º dia, teve novas revelações supreendentes. Acusado de ser intermediador na venda de sentenças, ele é julgado como mandante do assassinato do juiz Leopoldino do Amaral, em 1999.

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O delegado da Polícia Federal Claudio Rosa foi o último a depor. Ele disse não ter relação de amizade com Josino pelo fato de conhecê-lo. A sessão foi encerrada e será retomada amanhã (1º) com o depoimento do empresário Josino Guimarães.

Após quase quatro horas, encerrou o depoimento do superintendente da PF, César Augusto Martinez, responsável pelo segundo inquérito que apurou a morte do juiz Leopoldino Marques do Amaral. Foi a oitiva mais demorada desde o início do julgamento de Josino Guimarães. O delegado começou falar, pela manhã, houve uma pausa e depois voltou a ser questionado pelo advogado de defesa João Cunha.

Martinez afirmou que acredita que o magistrado está morto e apontou a arma apresentada pelo delegado José Luna como a mesma que assassinou o juiz. Este depoimento vai contra a alegação da defesa do empresário, que apontou que Leopoldino estaria vivo e morando fora do país.

Na parte da manhã, o superintendente da PF em Mato Grosso, César Augusto Martinez, afirmou, em depoimento, que Josino Pereira Guimarães recebia em sua residência vários criminosos, entre eles Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. Além do traficante, o empresário também teria recebido outros criminosos . Martinez pontuou que Josino era amigo pessoal do superintendente da PF à época, Cláudio Rosa, um dos primeiros a afirmar que não havia provas de mando da execução do juiz Leopoldino Marques do Amaral. Ele também destacou que o sargento da PM José Jesus confirmou ser amigo do empresário e mostrou uma foto da esposa do empresário ao lado do sargento.

O ex-agente da PF Daniel Ruiz Baldi, em depoimento dado ao procurador Douglas Santos de Araújo, se negou a falar sobre sua prisão na operação Avalanche, em 2008. Disse que foi absolvido de uma investigação por falso testemunho, após manter conversas telefônicas com o sargento José Jesus. Afirmou que se aproximou de Jesus apenas para descobrir a autoria do crime. O sargento teria comentado ao ex-agente que a autoria do homicídio era mesmo atribuída à Beatriz Árias, mas por ter lido informações a respeito. Nas conversações, o sargento teria entregado álbum fotográfico com imagens de criminosos.

O delegado da Polícia Federal que conduziu a primeira investigação da morte do juiz Leopoldino, José Pinto de Luna, afirmou ter ido até a casa do juiz Wandyr Clait Duarte, a convite do magistrado, para falar sobre o crime. No entanto, a reunião não foi registrada nos autos da investigação. O delegado salientou que Duarte teria se mostrado preocupado com o momento do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ/MT). O procurador de Justiça, Douglas Santos de Araújo, questionou tanto o fato de a reunião não estar registrada quanto o de ter ocorrido na casa e não no gabinete ou na Polícia Federal. Termina o depoimento.

Luna afirmou que durante as investigações não encontrou nenhum indício de mando na execução do juiz Leopoldino Marques do Amaral. Indagado pela defesa, afirmou que Beatriz Árias e Marcos Peralta cometeram o crime apenas para roubar o dinheiro levado pelo juiz, em fuga para o Paraguai. A arma do crime foi encontrada na casa de parentes da ex-escrevente do Fórum de Cuiabá e comprovada por meio de exames de balísticas.

O segundo dia do júri do empresário Josino Pereira Guimarães começoi com o depoimento da testemunha de defesa, José Pinto de Luna, ouvido por meio de videoconferência. Para os advogados, ele elucidará os fatos por ser o delegado que presidiu o inquérito à época

(Atualizada às 19:41h)

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