Um problema de sobrecarga na rede elétrica do Centro Integrado de Apoio Psicossocial (Ciaps) conhecido como Hospital Adauto Botelho, em Cuiabá, deixou a unidade sem energia hoje (24). O “apagão” ocorreu na parte da manhã, se estendeu por toda a tarde e no início da noite não havia sido solucionado. O diretor do hospital, Helder Barbosa Silva, disse que a previsão é que seja solucionado até às 21h, pois a Secretaria Estadual de Saúde (SES) já autorizou a compra dos cabos de energia que derreteram e também de uma chave que queimou.
No escuro, foi preciso utilizar lanternas e velas para iluminar o local, atender os pacientes e evitar possíveis fugas. Atualmente, existem cerca de 70 pacientes na unidade psiquiátrica que trata de pessoas não só de Cuiabá e Várzea Grande, mas também de cidades do interior do Estado.
Apesar de ter circulado boatos de que teriam sido registradas algumas tentativas de fugas por parte de pacientes, o diretor negou e garantiu que isso não aconteceu. “Não teve nada disso. De maneira alguma houve tentativa de fuga. Os serviços essenciais não pararam, ocorreram normalmente”, assegurou Helder explicando que o problema já foi solucionado restando apenas aguardar a chegada dos equipamentos e de uma equipe especializada para fazer a troca e instalação.
De acordo com o diretor, o que houve foi uma sobrecarga na rede devido à grande quantidade de equipamentos ligados, entre ar condicionado, computadores e outras máquinas. Assim que o problema foi detectado, ainda pela manhã, a Rede Cemat foi acionada e enviou uma equipe ao hospital. Foi constatado tratar-se de um problema interno de forma que a concessionária não poderia solucionar. Dessa forma, o diretor acionou a Secretaria Estadual de Segurança responsável pela administração e informou sobre o problema e a necessidade urgente de solução.
Apesar disso, o hospital continuava sem energia no começo da noite. Com a sobrecarga, parte da fiação que já é velha, começou a derreter e o padrão foi desligado. “Foi uma sobrecarga natural, que pode ocorrer em qualquer lugar, em qualquer casa ou outro estabelecimento”, justificou o diretor da unidade garantindo que as equipes médicas não pararam os atendimentos em nenhum momento. “Os cuidados não diminuíram em função do problema”, destacou ele.
A assessoria de imprensa da SES foi procurada pela reportagem, mas os telefonemas não foram atendidos.