Estudantes, centrais sindicais, moradores de bairros, além de outros movimentos sociais, organizam um protesto contra o aumento da tarifa do transporte coletivo que subiu de R$2,60 para R$ 2,80. O protesto está programado para acontecer no dia 1º de abril na Praça Alencastro, centro de Cuiabá. O decreto de aumento foi assinado pelo prefeito Mauro Mendes no mesmo dia em que o Conselho Municipal de Transportes decidiu pelo aumento da passagem de ônibus.
O protesto contra o aumento começou a ser organizado nas redes sociais. No facebook, os organizadores do movimento criaram o evento “Vem pra rua! Basta, chega de mentira”, para convocar as pessoas para o protesto. “Mentiram para nós! E mentiram muito! Basta, chega de mentira, dia 1 de Abril vamos às ruas mostrar nossa indignação!”, diz texto na página. Os organizadores já convidaram mais de 3 mil pessoas para o protesto.
Uma das lideranças do movimento, Caiubi Kuhn, destacou que com esse aumento a tarifa de ônibus em Cuiabá fica mais cara que outras capitais. “Esse aumento é um absurdo. Já foi comprovado o superfaturamento nos valores, e, além disso, os ônibus são de péssima qualidade e vivem superlotados”.
Questionado quanto ao protesto em frente à Secretaria Municipal de Trânsito (SMTU), que gerou tumulto e resultou na quebra de vidros da sede do órgão, Caiubi atribui isso como culpa do secretário Antenor Figueiredo. “Foi ele que mudou de local votação do Conselho, que foi realizada às portas fechadas. Isso revoltou a população e acabou criando esse conflito”, argumenta.
A votação do conselho que decidiu o aumento da passagem acorreu na quinta-feira (13), na sede da SMTU. Os manifestantes ficaram impedidos de entrar no local para acompanharem a audiência, que inicialmente seria realizada em uma sala da Secretaria Municipal de Assistência Social. No mesmo dia, na parte da noite, o prefeito Mauro Mendes baixou um decreto autorizando o aumento da passagem dos coletivos da Capital, que passa a vigorar a partir da meia noite de segunda-feira (17).