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Cuiabá: falta de médicos em policlínicas causa lotação no Pronto Socorro

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A falta de médicos nas policlínicas de Cuiabá está causando a superlotação no Hospital e Pronto-Socorro Municipal. As pessoas estão abrigadas em macas improvisadas no chão da unidade e não há servidores suficientes para atender a demanda. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) também está sem leitos disponíveis e os pacientes que precisam do serviço buscam a Justiça para ter acesso ao atendimento.

No final de semana, algumas policlínicas tiveram que fechar as portas e suspender as consultas e demais procedimentos. Na policlínica do Planalto, por exemplo, além da carência de médicos, houve um princípio de inundação devido à chuva forte. Pacientes relatam que a água escorria pelas paredes e um cheiro forte de esgoto tomou conta da recepção.

O pastor Eurípedes Dantas, 33, estava no local, acompanhando a sobrinha, que se queixava de uma forte dor abdominal. Ele diz que não havia nenhum médico e tentou entrar em contato com o diretor clínico da unidade, mas foi informado que o cargo estava vago. Dantas ainda tentou ligar para a Secretaria Municipal de Saúde, porém as ligações não foram atendidas. Todas as atividades da unidade eram coordenadas por uma enfermeira.

Na peregrinação em busca de atendimento, Dantas ligou para as policlínicas do Coxipó e do CPA. A primeira não tinha médico e a segunda estava com atendimento suspenso devido a reformas. Então, a família exigiu a transferência para o PS e ameaçou chamar a Polícia, caso o problema não fosse solucionado.

A jovem foi colocada em uma ambulância e encaminhada ao Pronto-Socorro, onde ficou em um corredor e ainda não sabe a origem da forte dor. Dos exames que foram pedidos, parte foi realizada e os demais nem sequer agendados. Ela já está há 2 dias no PS e toma medicações constantes para minimizar as dores.

Dentro do Pronto-Socorro, as pessoas estão acomodadas em macas no chão e cadeiras. Parte são vítimas de trauma, que não conseguiram a regulação para realização da cirurgia.

Na UTI, os pacientes estão sendo atendidos, mas não há mais vaga disponível. A dona de casa Sandra Alves, 23, conta que recorreu à Igreja para conseguir apoio. A instituição conseguiu uma liminar na Justiça para garantir a internação do irmão dela na UTI. Ela conta que os médicos e enfermeiros fizeram o atendimento de emergência e em seguida colocaram o irmão dela em uma sala, que funciona como semi-UTI. Os profissionais afirmaram que o paciente precisava de uma vaga, mas não tinham expectativa de quando seria liberada.

A professora aposentada, Cleide de Oliveira, 64, descreve que os corredores estão lotados e que os profissionais estão fazendo o possível para não deixar nenhuma pessoa sem atendimento. Ela relata que as pessoas reclamam da situação, mas os servidores não podem fazer nada para resolver.

A dona de casa Maria Miranda, 50, acompanha o marido e afirma que conseguiu atendimento porque um amigo dela trabalha no governo e estava com o carro funcional quando o paciente passou mal. Como o veículo estava adesivado, deixaram o homem subir a rampa e chegar até a sala de emergência.

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