O Tribunal do Júri condenou, ontem, em Cuiabá, o ex-policial militar Claudio Tavares Ribeiro a 14 anos e seis meses de reclusão por homicídio qualificado praticado contra a vítima Lázaro Vitor do Nascimento. Os jurados acolheram a tese defendida pelo Ministério Público de que o crime foi cometido por motivo fútil e com a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu em julho de 2001, por volta das 16h, na Lagoa Trevisam, na região do Coxipó. A vítima, que era servidor público federal, foi atingida com um disparo de arma de fogo na cabeça. Na sentença, a juíza Mônica Catarina Perri Siqueira destacou que a culpabilidade do réu é elevada, pois o mesmo possuía condições de proceder de forma totalmente diversa. Argumentou ainda que o réu agiu com maldade e frieza, o que configura a intensidade do dolo.
Durante o julgamento, o promotor de Justiça que atuou no júri, Antônio Sérgio Cordeiro Piedade, fez questão de destacar que o comportamento da vítima não influenciou na prática delitiva. "A vítima foi executada de forma brutal na frente de sua esposa e filhas", lamentou o promotor de Justiça.
De acordo com a sentença, o réu terá direito a recorrer da decisão em liberdade. "O réu é primário, tem endereço certo, responde o processo em liberdade e compareceu aos atos processuais, de modo que não vislumbro nenhum dos motivos autorizadores de uma possível prisão cautelar", justificou a magistrada.