
Os presidentes das três entidades estiveram reunidos, ontem à tarde, na sede da OAB-MT, em Cuiabá. De acordo com a presidente do CRCMT, Silvia Cavalcante, no que diz respeito a questão contábil dos contratos e licitações, os documentos entregues pela Secopa foram insatisfatórios. Segundo ela, é preciso cobrar do órgão que preste as informações necessárias para uma análise mais detalhada por parte do Conselho. "O único projeto que tivemos acesso parcial das contas foi a do Fifa Fan Fest. Por meio da análise de documentos, é possível aferir se houve, por exemplo, desvios reais do orçamento, majoração sobre produtos, entre outras irregularidades", afirmou.
Silvia ressaltou ainda a dificuldade de entendimento da documentação disponibilizada pela Secopa. A reclamação foi acompanhada pelo engenheiro civil e conselheiro do CREA-MT André Schuring, e também pelo presidente da OAB-MT, Maurício Aude.
"Há uma enorme desorganização nesses documentos. Há pastas que começam de uma determinada forma e terminam de outra. Contratos que, aparentemente, estão com páginas e itens faltando. Acredito que a transparência é o caminho. Quando se trata de dinheiro público, o Estado tem que prestar contas à população".
Após suas considerações, os representantes optaram por elaborarem um ofício único a ser encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF). Segundo Maurício Aude, a iniciativa tem como objetivo reforçar a insuficiência dos documentos já apresentados pela Secopa aos órgãos. "Essa manifestação conjunta é para cobrar satisfações e também explicar o porquê de estarmos exigindo estes documentos. A documentação entregue pela Secopa por meio de mandado de segurança tem dados insuficientes. Com isso, não podemos concluir nada".
O ofício exige entre outros documentos, a apresentação integral de todos os contratos, empenhos, liquidações, notas fiscais de execução das obras e ordens de pagamentos.


