domingo, 5/maio/2024
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Cuiabá: delegado critica secretário estadual após remoção

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O delegado Flávio Stringueta teceu duras criticas ao delegado geral da Polícia Civil, Fernando Vasco Spinelli Pigozzi, e ao secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, pela sua remoção da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) para a 2ª Delegacia de Polícia, no bairro Carumbé, em Cuiabá.

Em carta destinada a esclarecer sua saída do antigo posto, ele afirmou que a remoção foi realizada de “forma autoritária, sem motivação expressa, pré-requisito indispensável a qualquer ato administrativo”. Ele ficou à frente do GCCO por seis anos.

“Até ontem, terça-feira (11), o nosso Delegado Geral não teve a decência, consideração, ou mesmo delicadeza, de me chamar para uma conversa sincera sobre o ocorrido. Agiu com covardia, transferindo a sua responsabilidade para o Dr. Veiga, que hoje acumula as Diretorias de Atividades Especiais e Metropolitana, e que me afirmou que não tem o que me informar sobre o porquê dessa remoção repentina de uma unidade de elite da PJC/MT para uma indesejável pela maioria dos policiais (2° DP), dando-me a convicção de que foi um ato com motivação pessoal, totalmente desprovido de interesse público”.

Ele segue as criticas estendendo ao secretário estadual. “As digitais do secretário de Segurança Pública de MT aparecem reluzentes nessa redoma que encobre a real motivação para explicar o inexplicável, o que nos remete aos tempos negros da pior ditadura militar vividos neste país, condição de vida que até me dá saudades, onde os direitos da população eram extremamente limitados. Vemos hoje uma limitação implícita ao direito de se expressar, não nos sendo permitido contrariar/criticar as ações do Governo e da SESP”.

“Não pensava em me perpetuar na titularidade da GCCO, mas esperava ser tratado com um mínimo de respeito, direito de qualquer servidor. Triste, covarde e autoritária a conduta do DG [delegado geral] Fernando Vasco, em cuja pessoa eu cheguei a depositar expectativas de uma mudança na forma de agir e pensar da diretoria da PJC/MT, e me decepcionei profundamente. Entra diretoria, sai diretoria, as condutas se repetem, o que acaba me tirando a esperança de ver uma forma dinâmica e corajosa de gerir a nossa instituição. Continuam provincianas”.

“Eu não me curvarei aos desmandos de pessoas que se mostram, com suas atitudes, despreparadas para as funções que desempenham, no caso o Dr. Fernando Vasco e Dr. Rogers Jarbas. A propósito, este último ainda não nos mostrou qual foi a vantagem que a PJC/MT teve em ter um Delegado de Polícia como Secretário de Segurança Pública. Creio que nem a PM/MT sabe nos informar alguma vantagem em ter um policial na mais alta posição da segurança pública de um estado”.

Ao final, ele disse que não se curvará sobre a situação. “Se a intenção desse ato de remoção compulsória era me derrubar, informo que já aprendi a cair e me levantar mais forte. Não foi a primeira vez que fui tratado assim por nossos administradores, e infelizmente creio que não será a última”.

Outro lado – o delegado geral e o secretário ainda não se pronunciaram sobre as criticas.

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