Os conselhos profissionais que compõem a Fiscalização Preventiva Integrada – FPI do CREA ( Conselho Regional de Engenharia) de Mato Grosso foram impedidos de fiscalizar o Hospital Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá. Um diretor da unidade apresentou uma liminar impeditiva alegando possuir o hospital atividade fim médica e, por isso, somente o Conselho Regional de Medicina poderia ter acesso a documentos.
Durante discussão inflamada, membros da FPI tentaram argumentar que o trabalho da força-tarefa tem caráter preventivo e orientativo, com o objetivo de fiscalizar o exercício profissional. "A nossa função está sendo distorcida. Não estamos em missão de realizar fiscalização estrutural. Apenas queremos exercer a nossa prerrogativa e para isso precisamos ter acesso aos registros de escala de plantão e lista de demais profissionais que prestam serviço no hospital", explicou Adriano Furtado, fiscal do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia.
Reunidos no Crea-MT, os representantes do Conselho Regional de Enfermagem, Conselho Regional de Serviço Social e do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, a FPI foi orientada pelo presidente do Crea, Juares Samaniego, a consultar as assessoria jurídica de seus órgãos e verificarem um meio de derrubar a liminar mencionada pelo hospital. "Entendemos que em um hospital não existam apenas atividades médicas. Existe equipamentos e outras profissõs que precisam ser fiscalizadas. Trata-se de uma atividade complexa", enfatizou Juares.
Como primeira providência, o coordenador da FPI, Reynaldo de Magalhães Passos, recorreu ao Ministério Público que apontando "cerceamento de atribuições".