Jorge Carlos da Silva, 47 anos, foi condenado a 55 anos de prisão em regime fechado pela morte da ex-esposa Sandra D`Aghetti, 38 anos, e as duas enteadas menores, Karina Fernanda D`Aghetti, 15 anos, e Eliza D`Aghetti Amorim, 13 anos, em outubro do ano passado. O julgamento ocorreu, ontem, e durou cerca de oito horas. A sentença foi proferida pelo juiz Marcos Faleiros da Silva. Em depoimento, o condenado negou a autoria dos crimes e disse que uma terceira pessoa entrou na casa e matou as três.
As vítimas foram mortas a facadas na madrugada do dia 12 de outubro, no bairro Pedra 90, na capital. Eles foram encontradas na manhã seguinte por uma sobrinha de Sandra.
De acordo com o processo, o triplo homicídio ocorreu porque o condenado não aceitava a separação. Na denúncia feita pelo Ministério Público Estadual (MPE) consta que o acusado premeditou o crime. Ele teria arrombado a porta da casa com um pé-de-cabra e depois esfaqueou as vítimas.
Sandra foi atingida no coração. As duas adolescentes também foram mortas de forma cruel com golpes no pescoço e rosto. Elisa em um dos quartos e Karina no banheiro. Ao todo foram 57 facadas.
Jorge Carlos está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE).
O júri estava marcado para o dia 9 de outubro e teve de ser adiado, em função de procedimentos internos de separação e recontagem dos presidiários por causa de um possível surto de tuberculose na unidade.
Dos 2,1 mil detentos, 96 estão em áreas separadas por causa da doença.