O embate travado em relação à escolha do meio de transporte que será implantado em Cuiabá, para desafogar o caótico trânsito, será discutido em audiência pública na Assembleia Legislativa, em data a ser definida. A medida será uma oportunidade de mostrar à população as vantagens e opções existentes no mercado. Para isso, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP), anunciou a presença de especialistas em nos modais: VLT – Veículo Leve sobre Trilhos e BRT – Ônibus articulado. Há ainda uma terceira opção com o DMU – metrô movido a diesel.
Com base em estudos, Riva diz que vai lutar até o último instante pela implantação do melhor sistema para a Capital. Pois, segundo ele, diferente do montante de R$ 1,1 bilhão que se propaga, garante que o VLT é infinitamente mais ágil, moderno, seguro e tem custo de R$ 696 milhões, para ser executado com folga, segundo a empresa sediada em São Paulo, TTrans, de Mássimo Giavina-Bianchi. Isto sem contar com as vantagens no consumo de energia, operacionalidade e obras civis. “Se houver determinação, o governo vai conseguir implantar o VLT”, disse ontem (03) em sessão plenária.
Também argumentou que Mato Grosso tem que ser firme na escolha e não dar respaldo à Fifa e ao Ministério das Cidades que defendem com veemência o BRT para o estado. “Acredito que a audiência pública é o caminho”. Lembrou que quando fazem essa defesa não levam em conta as 1300 desapropriações necessárias para esse modal, que considera ultrapassado, sendo desativado em algumas cidades da Europa.
O recuo do governo em atendimento à Fifa aflorou novamente a preocupação dos proprietários e locatários da Avenida da Prainha, por exemplo, em relação ao transtorno que sofrerão caso sejam obrigados a deixar seus imóveis. Há insegurança em torno dos valores das indenizações que serão oferecidos. “Já anunciaram que não saem pelo preço que o estado quer. Haverá muita demanda judicial”, frisou o parlamentar.
Riva ainda destacou a postura de Fortaleza que definiu pelo VLT e a Fifa não interferiu como tem feito em Mato Grosso, sendo contrário ao VLT desde o anúncio feito pelo presidente da Agecopa, Éder Moraes. Por isso, requereu a audiência por entender que quem tem que optar é a sociedade cuiabana. Prefeitos, vereadores, entidades de classes, lideranças comunitárias também serão convidados para o evento.