Após a repercussão da briga do agente de trânsito Luís Cláudio Nunes da Silva, 45 anos, e o motorista Ezequiel, 40 anos, que aconteceu no Centro de Cuiabá, ontem pela manhã, novas medidas serão tomadas pela Secretaria Municipal de Transporte Urbano (SMTU). Além do afastamento temporário do agente, o secretário municipal de Trânsito, Antenor Figueiredo, que um trabalho psicológico será realizado com os agentes. “Uma equipe de psicólogos de São Paulo virá a Cuiabá, especialmente para trabalhar a parte psique junto aos amarelinhos. Essa é uma questão muito importante, quando o trabalho está diretamente ligado ao tratamento de pessoas”.
Figueiredo explica que todas as novas turmas de agentes de trânsito, passam por um treinamento intenso antes de ir às ruas. “Contamos com a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar para a preparação dos novos agentes. Eles aprendem como realizar a abordagem tanto do motorista como do automóvel, como lidar com condutores embriagados ou alterados, entre outras situações, durante um mês”.
Segundo Antenor, o agente está visivelmente abalado e precisará de acompanhamento de especialistas. “O Luís está conosco há um ano e sempre foi muito disciplinado. Reconheço que ele perdeu o controle, mas medidas cabíveis ao caso já foram tomadas”.
O agente de trânsito foi afastado das tarefas logo após o ocorrido. A prefeitura abriu um procedimento interno para apurar os fatos, assim como a própria SMTU.
Figueiredo disse não querer defender o ‘amarelinho’, porém, ressaltou que casos como este são mais comuns do que se imagina. “Os condutores cuiabanos não tem uma boa educação de trânsito. Tanto, que temos diversos casos dentro da secretaria, em que servidores são agredidos por motoristas, mas isso ninguém filma. Entendo que exista uma aversão aos agentes de trânsito, mas pretendemos mudar essa concepção”.
Atualmente em Cuiabá atuam 187 ‘amarelinhos’ e esse número não aumentará tão cedo, conforme diz o secretário. “Não pretendo contratar mais agentes. Vou aguardar a experiência com a fiscalização eletrônica, para ver se é, ou não, necessário o aumento do quadro”.