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Crea-MT entrega nesta 4ª laudo sobre teto do Pronto-Socorro de Cuiabá

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Após a vistoria de um fiscal do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso (Crea-MT) no teto do Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC), que desabou após uma forte chuva na sexta-feira, o conselheiro regional Josuel Alves de Arruda encaminha nesta quarta-feira, o parecer técnico indicativo para que os órgãos responsáveis tomem as providências para a solução dos problemas no local.

Por meio da sessoria do órgão o fiscal Robinson Jesus da Costa disse que "as Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs) comprovam que as obras foram feitas por profissionais habilitados". Porém, o engenheiro civil e Arruda, constataram "uma sequência de erros na execução das obras" do teto.

Segundo o profissional, existem vários vícios de engenharia que ocasionaram o vazamento generalizado de água no teto da unidade. São elas "a portinhola (saída do prédio para o teto), vários buracos de condicionadores de ar estavam sem vedação, rufos (proteção que impede a infiltração na parede), pratimbandas (parede que protege o telhado) e a calha estavam danificados e não foram executados perfeitamente o que também evitaria o transbordamento", enumera o engenheiro.

Mas a principal falha é a cobertura do prédio, o telhamento, que não permite o correto escoamento da água das chuvas. "As águas (inclinação do telhado), por exemplo, se encontram a um distância menor que um centímetro, quando de acordo com o tamanho da calha deveriam estar a no mínimo dez centímetros uma da outra, então quando a chuva é forte não escoa pelo pequeno espaço, ao contrário infiltra e transborda", explica.

Além disso grande parte das telhas estão soltas e o madeiramento tem um intervalo muito grande entre um e outro o que fez com que elas entortem e não se encaixassem bem.

Conforme Só Notícias já informou, o vereador Lúdio Cabral (PT) protocolou, na sessão de hoje, requerimento para instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar irregularidades na reforma do Pronto Socorro e das policlínicas dos bairros Verdão e Planalto. Além da precariedade notável do sistema de saúde, o desabamento de parte do teto do Pronto Socorro na última semana é um dos motivos para estabelecer a CPI, visto que o Ministério da Saúde, por meio do Programa Qualisus, destinou cerca de R$ 8 milhões para a reforma do Pronto Socorro, inaugurada no ano passado.

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