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Crateras deixadas por garimpos em Peixoto e Alta Floresta serão tanques para piscicultura

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Transformar as áreas degradadas pelo garimpo de ouro e diamante em tanques de piscicultura. A idéia, inédita em Mato Grosso, é do médico veterinário Adair José de Moraes e assessor técnico da Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder) e têm o objetivo de aproveitar as crateras deixadas nos municípios como Alto Paraguai, Peixoto de Azevedo, Poconé, Alta Floresta, Guiaratinga e Nortelândia, por exemplo, como forma de desenvolvimento econômico dessas regiões. “Hoje há milhares de hectares de lâmina d’água oriunda das chuvas ou próprias de minadouros que ficam acumuladas ao relento e expostas aos raios solares que enchem de vida, sem nenhum aproveitamento do homem”, explica Adair Moraes.

A idéia do médico veterinário será aproveitada no Programa Estadual de Desenvolvimento da Aqüicultura, ainda em fase de elaboração na Seder. Conforme o superintendente de Programas Especiais da secretaria, Paulo Bilego, a intenção é de que sejam estabelecidas as políticas para desenvolver em larga escala a criação de peixes, rãs, jacarés, entre outras espécies em Mato Grosso.

De acordo com Adair José de Moraes, os catreados (como os habitantes de Alto Paraguai denominam os buracos) podem ser transformados em viveiros para uma grande variedade de peixes. Caso tenham uma profundidade máxima de até três metros, os buracos poderão ser usados diretamente para a criação sem o acréscimo de nenhum outro equipamento.

Quando a profundidade ultrapassar os três metros, o produtor poderá utilizar tanques rede, além de econômica oferece maior facilidade operacional e melhora a produtividade por área e o monitoramento de controle. Um tanque rede que mede dois metros de largura, dois metros de comprimento e 1.5 metros de profundidade tem capacidade para criar até 600 quilos de peixe.

O veterinário explica que cerca de 30 propriedades em Alto Paraguai já aproveitam os buracos abertos pelo garimpo de diamante e os transformaram em tanques de piscicultura. “Não há nenhuma política estadual que estimule o aproveitamento dos catreados, mas há algumas experiências pontuais”.

Adair Moraes comenta que estudos já realizados pela Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat) apontaram que em alguns buracos de garimpo em Poconé e Alto Paraguai não foram encontrados resíduos de mercúrio contaminando a água. “Os garimpos de diamante não utilizam o mercúrio, como no caso dos garimpos de ouro. O interessante é que mesmo onde o produto foi utilizado, há casos de águas que não estão contaminadas e podem ser aproveitadas para a piscicultura”.

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