Cerca de 4.350 crianças e adolescentes perderam o pai, a mãe ou os dois em Mato Grosso, em decorrência de Covid-19, nos anos de 2020 e 2021, os mais graves da pandemia. O número posiciona o Estado com maior taxa de orfandade do país, com 4,4 órfãos a cada 1000 habitantes. Os dados são de um estudo feito por pesquisadores brasileiros, ingleses e estadunidenses publicado na edição deste mês da revista científica The Lancet.
Se considerado a morte de avós e cuidadores, foram mais 3060 menores que ficaram órfãos, elevando a taxa para 7,5 a cada 1000 habitantes.
Além de Mato Grosso (4,4), as taxas mais altas de orfandade são de Rondônia (4,3), Mato Grosso do Sul (3,8) e Roraima (3,7), enquanto as menores são do Rio Grande do Norte (2,0), Santa Catarina (1,6) e Pará (1,4).
A pesquisa foi feita a partir de dados de taxa de natalidade e o excesso de mortalidade, considerando mortes acima do esperado. No Brasil, 149 mil órfãos estão associados à Covid-19 e 135 mil perderam outro familiar ou cuidador.
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