O corpo do motorista Olívio Backes, 53 anos, está no Instituto Médico Legal (IML) de Sinop aguardando liberação há três semanas. A falta de reagente para o teste de DNA, que comprovará ou não a identidade da vítima que teve o corpo carbonizado, é o motivo da demora.
Cristina de Alcântara Backes, filha de Olívio, afirma que, a medida que o tempo passa, a dor vai aumentando. Ela frisa inclusive que já foi informada pelo IML que a espera pela liberação do corpo pode chegar até cinco meses. “Não bastasse a dor da perda, a burocracia trouxe ainda mais transtornos à família”.
Ela conta que foi até Sorriso para fazer a coleta da amostra de sangue para o DNA. Mas, desde então, tem vivido dias de tormenta por não conseguir uma resposta concreta por parte do órgão. No IML de Sinop, Cristina foi informada que o exame é feito apenas em um laboratório credenciado, neste caso em Cuiabá. Contudo, a falta de reagente estaria prolongando ainda mais o sofrimento da família que quer apenas enterrar seu ente querido.
Backes era caminhoneiro e estava em Mato Grosso a trabalho. Ele morreu após se envolver em um acidente com três carretas em um trecho da BR-163 entre Sorriso e Lucas do Rio Verde. O veículo em que ele estava pegou fogo.
Outro lado
Em nota, a assessoria de imprensa da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) afirmou que a liberação do corpo da vítima em questão está dependendo da realização de exame de DNA para a sua identificação. Porém, a demora na identificação ocorre devido à falta do reagente de amplificação no Laboratório Forense. “A compra do insumo está em andamento, mas só deverá ser concluída em 15 a 20 dias”.
A Politec afirmou ainda que obteve a ajuda de um parceiro para tentar amenizar a situação, enquanto isso. O equipamento oferecido está em testes para verificar se pode atender ao tipo de exame exigido. O teste, se bem-sucedido, vai permitir a realização deste exame e de outros que aguardam identificação. “A falta dos reagentes se deu em razão de um processo de compra que foi apenas parcialmente alcançado. De 13 lotes lançados, sete foram desertos ou não atingiram o preço”.