O governo do Estado vai firmar um convênio para a construção de poços artesianos nos assentamentos de Mato Grosso. A assinatura do acordo entre a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar e Regularização Fundiária (Seaf), a Secretaria das Cidades (Secid) e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) deve acontecer em 30 dias.
O anúncio foi feito pelo governador Pedro Taques em reunião realizada nesta sexta-feira (31.07), no Palácio Paiaguás, com representantes da agricultura familiar da região sul de Mato Grosso, Seaf, Funasa e o deputado estadual Zé Carlos do Pátio. Conforme Taques, o convênio será oficializado no dia 30 de agosto, na Arena Pantanal, com a presença dos produtores.
Na ocasião, o chefe do executivo estadual lembrou que as instalações de poços artesianos e melhoria na vida nos assentamentos faz parte do Programa Transforma Mato Grosso, que investirá R$ 3 bilhões em mais de três mil ações em todo o estado.
Conforme o secretário de Estado de Agricultura Familiar e Regularização Fundiária, Suelme Fernandes, em anos anteriores muitos poços foram perfurados de maneira indevida, sem estudo e em locais inapropriados, sem priorizar as comunidades.
Por conta disso, a Seaf encomendou um estudo, juntamente com a Funasa e a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), para traçar um panorama sobre os mais de 700 assentamentos do Estado. A expectativa é que uma prévia do estudo seja apresentada em 15 dias. “Existem locais que as pessoas precisam se mudar quando está no período de seca e só voltam com início das chuvas, por isso precisamos resolver essa questão”.
O superintendente da Funasa, Francisco Holanildo Silva Lima, ponderou que nem todas as soluções se baseiam em poços artesianos. Segundo ele, a Funasa tem trabalhado com modelos simplificados e sustentáveis, mais baratos e que poderão ser levados às comunidades. Nos próximos dias a região da Baixada Cuiabana receberá um projeto piloto de tratamento de água.
Unemat – durante a reunião, os agricultores também pediram uma unidade da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) para atender as comunidades. Segundo o grupo, existem 48 assentamentos somente na região sul, mas para se capacitar os moradores precisam se deslocar até Cáceres. A reitora da Unemat, Ana Maria Di Renzo, informou que está em estudo uma ampliação da universidade, com instalação de um campus em Rondonópolis.