O delegado da Polícia Federal (PF) responsável pelas investigações sobre a queda do Boeing da Gol, Renato Sayão, disse que ainda não tem a lista com os nomes dos controladores de vôo que trabalham no Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo em Brasília (Cindacta1), mas que pretende começar a ouví-los na próxima terça-feira (10).
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Segundo o delegado, os depoimentos dos controladores serão confrontados com os depoimentos do piloto e do co-piloto do jato Legacy, que colidiu com o avião da Gol. “Vamos confrontar para ver se (os depoimentos) chegam no mesmo lugar”, disse. Renato Sayão afirmou que, caso os depoimentos mostrem alguma divergência, o piloto e o co-piloto do Legacy devem ser ouvidos. Os dois já prestaram depoimento à Polícia Civil em Cuiabá.
“Eles terão de ser ouvidos, mas tenho de ouví-los com embasamento técnico da questão. Vou conversar com o pessoal da aviação, da aeronáutica para ter embasamento”, explicou. As sete pessoas que estavam no Legacy, inclusive o piloto e o co-piloto, já prestaram depoimento à Polícia Civil de Cuiabá. Segundo o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, os passageiros e os pilotos não viram como a colisão teria acontecido. Eles teriam visto uma sombra e ouvido um barulho.
Estavam no jato Legacy dois pilotos norte-americanos, dois executivos da empresa que havia comprado o avião, dois funcionários da Embraer que acompanhavam o vôo e um jornalista do New York Times, que já voltou para os Estados Unidos