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Conselho acompanha inquérito de criança que teve overdose em Mato Grosso

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O Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente irá acompanhar o caso do menino G.W.S.C, de 1 ano e 3 meses, abrigado no Lar da Criança desde quinta-feira. A secretária de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social (Setecs), Terezinha Maggi, solicitou ao presidente do Conselho, Benildes Aureliano Firmo, que acompanhe o inquérito instaurado sobre o caso. A criança foi encaminhada para a instituição, que é coordenada pela Setecs, após receber alta médica por ter sofrido uma overdose no final de semana.

“Essa é uma situação atípica, diferente dos demais casos que dão entrada no Lar. Solicitei ao novo presidente do Conselho uma atenção especial, tendo em vista que novas informações foram divulgadas a respeito da mãe e da avó da criança, suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas. Além disso, o Conselho é composto por diversas entidades, como OAB, CNBB, Conselho Regional de Serviço Social, Sociedade Mato-grossense de Pediatria, entre outras, que cobram uma solução para esse problema”, destacou a secretária Terezinha Maggi.

Nesta sexta-feira (20.02), foi realizada uma reunião do Conselho da Criança e empossados os novos membros da diretoria. Benildes já vinha acompanhando o caso antes mesmo de tomar posse como presidente do Conselho.

“O Estado agora vai cuidar dessa criança, dando toda a atenção que ele precisa. Enquanto procede a investigação, iremos preservar a integridade do menino. Se a decisão da Justiça for pela adoção iremos trabalhar para encontrar uma família que tenha condições de cuidar dele. Tenho certeza que a Polícia e o Judiciário irão tomar as decisões corretas com relação a esse caso, a partir dos dados apurados”, ressaltou Terezinha, que coordena em parceria com a Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja) a campanha pela adoção e apadrinhamento.

No último final de semana, o menino G.W.S.C foi levado ao Pronto-Socorro de Várzea Grande pela avó Marli de Souza de Camargo, de 34 anos, após ingerir pasta-base. Numa primeira versão, a droga teria sido deixada em cima da cama pela mãe do menino, Pollyana dos Santos Camargo, de 19 anos, e G comeu a droga acidentalmente. No P.S ele passou por uma lavagem estomacal e ficou internado na Unidade Intensiva de Tratamento (UTI). Pollyana não foi ao hospital visitar o filho e foi descoberta pela polícia na casa de uma amiga, na segunda-feira (16). Ela deve responder por tentativa de homicídio culposo. A mãe declarou que foi um acidente e disse ser usuária de drogas há 4 meses. Porém, um relatório do Conselho Tutelar de Várzea Grande, que já foi encaminhado para a Polícia Civil, dá indícios de que a mãe e a avó podem estar envolvidas com o tráfico de drogas. A polícia já está investigando essa possibilidade. De acordo com as informações levantadas pelo Conselho, Marli teria obrigado a filha Pollyana a dizer ser usuária de drogas, numa tentativa de se livrar do enquadramento de crime de tráfico perante a Polícia e a Justiça.

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