A partir da segunda quinzena de setembro, Sinop receberá dois novos delegados, sendo uma delegada para atendimento à mulher vítima de violência, seis escrivães e 24 investigadores. O novo efetivo atenderá exclusivamente o município. Atualmente, o trabalho da Polícia Civil é feito por apenas dois delegados, quatro escrivães e 17 investigadores que, além de Sinop, atendem outra cidades. Quanto aos veículos, passará a trabalhar com oito, todos novos.
Em relação ao efetivo da Polícia Militar, que conta com 46 PMs, que trabalham em escalas, deve contar com contratação de novos soldados, por meio de concurso público, cujo edital de realização deve ser anunciado em setembro. Quanto aos veículos, a Polícia Militar atua com 14 viaturas, estando sete em manutenção. Com a substituição por veículos locados, a Polícia Militar passará a atuar com 14 viaturas efetivamente disponíveis.
A confirmação foi feita pelo secretário de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito, ao juiz da 1ª Vara Criminal de Sinop, João Manoel Pereira Guerra, que discutiram a atual situação do município e medidas de segurança a serem adotadas com o objetivo de reduzir os índices de criminalidade.
O magistrado argumenta que “o aumento da violência está relacionado diretamente ao declínio econômico que atingiu Sinop há cerca de três anos”. O período refere-se às crises ambientais e do agronegócio, motivadas a operações como a Curupira e queda de preço, respectivamente. “Muitas madeireiras fecharam, aumentando o número de desemprego e, conseqüentemente, isso gera aumento da criminalidade”, argumentou.
O juiz também desenvolve trabalhos junto aos reeducandos da unidade prisional de Ferrugem, em Sinop. Segundo ele, “o preso tem que trabalhar, se auto sustentar e sustentar suas respectivas famílias”. O argumento é em razão do auto preço que um preso custa atualmente para o Estado.
De 1º de janeiro até 15 de agosto, as Polícias Civil e Militar deflagraram dezenas de operações no município, visando o combate ao tráfico de drogas, desarmamento, crimes ambientais, e outros crimes. Apenas a Polícia Militar apreendeu 61 armas, sendo 37 armas de fogo e 24 armas brancas (facas, punhal, facões), 209 veículos (carros pequenos, caminhão, caminhonetes, microônibus, motocicletas e bicicletas) e 49 papelotes de entorpecentes, além de documentos pessoais, eletrodomésticos e munições. Foram conduzidas neste período pela Polícia Militar, cerca de 860 pessoas.
Já Polícia Judiciária Civil concluiu 59 inquéritos, sendo 30 inquéritos de furtos, com 42 prisões em flagrante, 18 inquéritos de tóxicos, com 34 prisões em flagrante e 11 inquéritos de roubo, com 16 prisões em flagrante.