A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) confirmou hoje que, a partir do próximo ano, no Câmpus Universitário do Araguaia (CUA) contará com o curso de Engenharia Agroindustrial, com seleção de alunos a partir do Sistema de Seleção Unificada (SISU), realizado a partir das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).
A Pró-Reitora de Ensino de Graduação, professora Luciane Gomes, destacou a importância do novo curso para o campus. “A UFMT fica feliz em cumprir o seu papel de ampliação das possibilidades de acesso ao ensino superior público e de qualidade. É um compromisso com o desenvolvimento regional e com as demandas econômicas do estado de Mato Grosso, afinal de contas é um curso de engenharia agroindustrial no coração do Araguaia, respondendo ao anseio da sociedade e da comunidade acadêmica”, relatou a pró-reitora.
A professora Luciane Gomes exaltou também a integração do curso de Engenharia Agroindustrial com o desenvolvimento econômico e social do Estado de Mato Grosso. “Os cursos respondem aos estudos de viabilidade social e econômica do Estado para abertura de novos cursos no sentido de atender essa perspectiva de anseio para que a UFMT cumpra nesse compromisso de colaborar, de contribuir com o crescimento, o desenvolvimento do estado de Mato Grosso”, pontuou.
De acordo com o professor Weskley da Silva Cotrim, Coordenador do Curso de Engenharia Agroindustrial, a instalação do curso está aberta para o curso ser ofertado já em 2026 com a disponibilização no próximo SISU, a ser realizado em janeiro do próximo ano. “A equipe do Campus Universitário do Araguaia deu início à adequação das salas de aula, da coordenação e dos laboratórios que receberão os estudantes. Toda a infraestrutura está sendo organizada para oferecer condições plenas de ensino, pesquisa e práticas laboratoriais desde o início da formação”, disse o docente.
Ao todo, são 45 vagas com aulas no período noturno. A previsão é que os primeiros estudantes ingressem em março de 2026, segundo o coordenador. “Serão ofertadas 45 vagas, com funcionamento no período noturno, decisão baseada em levantamento de demanda estudantil e que permite que alunos possam conciliar trabalho e formação superior. O curso foi planejado para que o estudante tenha contato com ferramentas, processos e práticas profissionais desde os primeiros semestres, o que facilitará sua inserção precoce no setor produtivo”, apontou o professor.
O coordenador relata ainda que o curso já possui parcerias com diversas agroindústrias da região, que receberão os alunos para estágios e experiências práticas. “Todas as atividades serão ofertadas na Unidade I do Campus Universitário do Araguaia, em Pontal do Araguaia, consolidando o campus como um polo de formação e inovação voltado à agroindustrialização regional”, contou o coordenador ao informar que a ideia do curso de Engenharia Agroindustrial surgiu a partir de uma demanda clara do setor produtivo regional e nacional.
O coordenador explicou que, embora o agronegócio brasileiro tenha alcançado níveis extraordinários de inovação no campo, especialmente no Centro-Oeste, o mesmo não ocorre no segmento agroindustrial, onde ainda existe baixa incorporação tecnológica e forte carência de profissionais especializados. “Estudos confirmam que a falta de mão de obra qualificada é um dos principais gargalos do agronegócio brasileiro, sobretudo nas áreas de armazenamento e classificação de grãos, produção de bioinsumos, agroenergia, inteligência artificial aplicada ao setor, logística e gestão de empreendimentos agroindustriais. A região do Araguaia, inserida em um dos maiores polos produtores de grãos, carnes, madeira, sementes e biocombustíveis do país, reflete exatamente esse cenário”, disse o professor Wescley da Silva Cotrim.
“A matriz curricular, inédita no Brasil, é estruturada em dez áreas temáticas: Tecnologia de Sementes, Bioinsumos, Ração Animal, Madeira, Fibras Naturais, Tecnologias Agroambientais, Biocombustíveis, Alimentos, Agroindústria 4.0 e Gestão Agroindustrial. Essa organização garante ao estudante uma formação abrangente e integrada, habilitando-o a atuar em diversas cadeias produtivas e em tecnologias emergentes”, concluiu o coordenador.
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