O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 3,7 pontos em julho ante junho, alcançando 87,1pontos, informa a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Este é o maior nível do indicador desde novembro de 2014 (87,5 pontos). A alta foi observada em 18 dos 19 principais segmentos do levantamento e foi determinada pela melhora das expectativas em relação à situação atual. O Índice da Situação Atual (ISA) subiu para 85,2 pontos, ficando 4 pontos acima do mês anterior.
A principal contribuição para esse avanço veio do indicador que mede a satisfação com a situação atual dos negócios, que subiu 8 pontos entre junho e julho, para 83,1 pontos. O percentual de representantes de empresas avaliando a situação atual dos negócios como boa passou de 5,4% para 10,4% do total, enquanto a parcela dos que a avaliam como fraca caiu de 46,9% para 41,0%
Já o Índice de Expectativas (IE) cresceu 3,3 pontos, para 89 pontos. A maior influência para essa alta foi a do indicador de expectativas com o total de pessoal ocupado nos três meses seguintes, que passou a 90,8 pontos em julho, 6,2 pontos acima do resultado de junho. Apesar da melhora, ainda tem mais empresas planejando demissões do que contratações. O percentual de empresas prevendo aumento do pessoal ocupado nos meses seguintes aumentou de 9,5% para 12,6% do total, enquanto a parcela de empresas que preveem redução passou de 24,5% para 19,6%.
A FGV também informou que entre maio e junho o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) aumentou 0,4 ponto percentual, atingindo 74,3%. Com o resultado, o Nuci do setor retorna ao nível de abril passado, um patamar ainda historicamente baixo.
Para o superintendente adjunto para Ciclos Econômicos da FGV/Ibre, Aloisio Campelo Júnior, o resultado de junho evidencia a percepção de melhora gradual do ambiente de negócios, ainda que os planos de demitir não tenham acabado. “A boa notícia de julho foi a alta mais expressiva do indicador de satisfação com a situação presente dos negócios, dando mais consistência à tendência de recuperação da confiança da indústria. O setor entra no 2º semestre em fase de aceleração da produção”, escreveu em nota à imprensa.