
A ACBR também culpa “a política de preços controlados pelo governo” pelo “aumento de custos” dos insumos, como o asfalto, por exemplo, além de atrasos e parcelamento da liberação das licenças ambientais, o que estaria gerando um reflexo na produtividade e preço das obras. “Devido ao tamanho do impacto, existe a expectativa de que o setor converse com o governo para, conjuntamente, assegurar a continuidade do programa, que pode ficar profundamente prejudicado se um amplo processo de diálogo não for estabelecido”.
Segundo a associação, estão previstos investimentos de R$ 49 bilhões e geração de 365 mil empregos diretos nos próximos cinco anos, nas seis rodovias federais (além de Mato Grosso, em Minas Gerais e Espírito Santo). Do montante investido, cerca de R$ 6,3 bilhões seriam responsabilidade da Rota do Oeste, que já aplicou mais de R$ 1,4 bilhão nas obras de duplicação de 117 quilômetros da BR-163. Ainda faltam ser duplicados cerca de 450 quilômetros da rodovia.
Só Notícias entrou em contato com o setor de comunicação da Rota do Oeste, que explicou que, por estar compondo o grupo das seis concessionárias, subscreve a nota elaborada pela ACBR. A Rota adiantou ainda que, até o momento, mantém o “estrito cumprimento de suas obrigações contratuais e, apesar das dificuldades apresentadas, continua realizando obras na BR-163”. A concessionária descartou ainda qualquer aumento de tarifa nas nove praças de pedágio instaladas na rodovia federal.


