Técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) encerram hoje a visita municípios de Mato Grosso onde coletam dados junto às entidades do agronegócio para servirem como base na pesquisa de custos de produção. A primeira cidade a abrir a programação foi Sorriso, onde foi pesquisado milho, girassol, sorgo e arroz.
Campo Novo do Parecis e Primavera do Leste também foram incluídas na relação. Para o presidente do Sindicato Rural de Sorriso, Elso Pozzobon, o acompanhamento in locu será válido para munir técnicos com parâmetros reais acerca dos tópicos levantados. “Eles saberão quais são nossos custos para produzir as culturas. Aqui, já ficaram impressionados”, declarou o dirigente, ao Só Notícias/Agronotícias.
Os estudos realizados pela Conab são utilizados para subsidiar os cálculos para formação dos preços mínimos. “Eles precisam ver nossa realidade e, a partir daí, estabeler valores condizentes com a tecnologia que estamos usando”, defende Elso Pozzobon. Diferentes são os aspectos levados em conta na pesquisa sobre os custos de produção. Entre eles citam-se as despesas de custeio na lavoura, que englobam operações com máquina, mão-de-obra temporária e fixa, sementes, fertilizantes, defensivos; despesas de pós-colheita, que somam assistência técnica, transporte externo, recepção, limpeza, secagem, armazenamento, classificação; despesas financeiras; depreciações, entre outras.
Em Sorriso, por exemplo, de acordo com último levantamento da Conab, os investimentos necessários para cada hectare no plantio da safra de verão 2009/10 de arroz sequeiro (agulhinha), ultrapassava a casa dos R$2 mil. No milho primeira safra, em Primavera do Leste, R$2,1 mil.