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Comunidades às margens da BR-364 estão reféns do medo

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Com 6 assaltos, um roubo de propriedade, uma morte e uma pessoa gravemente ferida em apenas seis dias, a população de três comunidades rurais às margens da BR-364, entre Cuiabá e Jaciara (144 km ao sul de Cuiabá), vive sob medo constante. Moradores das comunidades Vila Olho D"Água, Tamanduá e Bom Jardim (20 km, 33 km e 35 quilômetros ao Sul, respectivamente) sofrem com a ação dos bandidos, que acontece até mesmo durante o dia. Na semana passada, foram roubados carros, móveis, dinheiro e até mochilas escolares.

Uma equipe de inteligência da Polícia Militar está no local em busca dos criminosos que, segundo informações, seriam moradores da região. A área pertence ao município de Santo Antônio de Leverger (34 km ao Sul) e o baixo efetivo da PM para atender uma região, contribui com o cenário.

As ações começaram no último domingo (27), quando uma casa foi invadida e os moradores rendidos e amarrados, sem que muitos objetos fossem levados. No mesmo dia, um ônibus que chegava do Paraguai foi abordado pelos bandidos que renderam os passageiros, roubaram as compras e deixaram as vítimas apenas com as roupas íntimas.

Na segunda-feira (28), um chacareiro precisou ser hospitalizado por causa da surra que levou dos criminosos e mais tarde um trabalhador rural foi morto a tiros durante outra ação na Comunidade Tamanduá. A família se mudou do local por medo que os bandidos voltassem, já que amarraram toda a família durante o assalto.

O autônomo J.A.S., 50, teve a casa invadida por 2 bandidos na tarde de quinta-feira (31) e foi amarrado junto com a esposa. De sua residência levaram o carro, televisão e celulares. "Foi muito rápido. Eles chegaram armados, com chapéus na cabeça. Um me rendeu e o outro pegou a minha esposa. Os 2 estavam armados e falavam que era para gente não olhar para o rosto deles. Ouvimos os comentários de que estavam assaltando a região. Agora não queremos mais ficar em casa, pois estamos com medo".

A dona de casa C.G.S., 33, teve a casa furtada enquanto ia ao velório do amigo morte durante o assalto nesta semana. "Só pensei nos meus filhos. Saímos como se nós fôssemos os bandidos, deixando coisas para trás. Mas não quero mais ficar lá. Na pousada eles roubaram e voltaram, fiquei com muito medo".

Na região o clima é de terror e as pessoas estão saindo de suas casas com medo dos assaltos. "A gente já pensa quem vai ser a vítima de hoje. Estamos escondendo carro, moto, tudo. Não sabemos quem é, então temos que desconfiar de todos", afirma o professor D.S.S.

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