Para combater os focos nos 141 municípios de Mato Grosso, o Comitê Estadual de Gestão do Fogo (CEGF) já se mobiliza no sentido de concentrar as ações e maximizar os impactos obtidos com o combate, a fiscalização, a punição e a conscientização. O grupo é formado por diversos órgãos e entidades, como a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Ministério Público, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros.
O secretário de Meio Ambiente, Vicente Falcão de Arruda Filho, explica que o trabalho é executado durante todo o ano e não apenas no período proibitivo. “Só assim conseguimos obter bons resultados no sentido de reduzir o índice de focos”. Falcão se mostra preocupado com o aumento registrado este ano, motivado, entre outros fatores, pelo aumento do maciço florestal, combustível das queimadas.
Com a divisão dos trabalhos, os resultados acabam sendo maximizados. “Fica tudo dividido. A Defesa Civil, por exemplo, combate, os bombeiros entram com o equipamento e os técnicos da Sema monitoram”. Criado em 2006, o CEGF já conseguiu reduzir o número de incêndios em Mato Grosso.
O monitoramento foi melhorado com a implantação do Centro Integrado Multiagências (Ciman). O centro representa a implementação de uma sala de situação onde entidades monitoram todos os 141 municípios do Estado para combater o fogo quando acionados. “A sala de situação atua para potencializar a resposta e otimizar os recursos disponíveis das multiagências que compõem o sistema. Os órgãos ficam de prontidão aguardando algum chamamento de municípios que eventualmente não conseguem combater o fogo em suas regiões”, explicou o coordenador geral-adjunto do CEGF, tenente coronel BM Dércio Santos.
Apesar da redução nas queimadas, o ano de 2011 foi marcado por alguns incêndios de grande proporções, como o que atingiu o Parque da Serra de Ricardo Franco, em Vila Bela da Santíssima Trindade (521 km a Oeste da Capital), que consumiu grande área do parque.