quinta-feira, 25/abril/2024
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Começa julgamento de fazendeiro acusado de ser mandante de homicídio no Nortão

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O julgamento do fazendeiro Vilmar Taffarel iniciou há cerca de 10 minutos. Foram sorteados os jurados, sendo que ficaram 5 homens e duas mulheres. Entre os 21 jurados convocados, estava o vereador Luiz Matias Xavier. Ele foi aceito tanto pela defesa quanto pela acusação, mas se valendo de uma prerrogativa legal, pediu para ser dispensado e foi atendido pelo juiz Wendel Simplício.

Vilmar Taffarel veio até o plenário, na abertura do julgamento, se apresentou ao juiz e foi levado para outra sala. A promotora Clarissa de Lima fez questão de registrar um protesto em ata, por Tarcísio Tielsem e Charles Silva, apontados como contratante e pistoleiro, não estarem sendo julgados junto com Taffarel.

Segundo ela, isso caracteriza tratamento privilegiado a Vilmar Taffarel. “O Ministério Público deve arguir com esta incoerência”, disse ela. Familiares da menina assassinada, Keila Alba e do réu, Vilmar Taffarel, estão no plenário.

Entenda o caso:
O crime foi há 4 anos na pequena cidade de Vera ( 80 km de Sinop). Com um tiro, a garotinha Keila Alba, 12 anos, foi morta, dentro de sua casa, pelo pistoleiro Charles Caetano Rosa. O alvo era o pai dela, o ex-vereador Augusto Alba, que acabou escapando do atentado. A polícia investigou e acabou prendendo Charles, o engenheiro Tarcisio Thielsen e o fazendeiro Vilmar Taffarel (Nenê).

As investigações apontaram que Vilmar seria o mandante do crime. O suposto motivo ?: Augusto vinha fazendo sistematica oposição política, na câmara, a então prefeita Izani Konerat, que é irmã de Vilmar. Alba havia sido aliado de Izani e rompeu politicamente com ela passando a fazer denúncias e criticas.

Preso em uma fazenda em Vera, pouco tempo depois do crime, Vilmar Taffarel foi recambiado para Sinop, onde negou, com veemência que tivesse sido o mandante do crime. Tarcisio foi preso sob acusação de ter intermediado o acerto com o pistoleiro Charles, que disse ter sido contratado por R$ 25 mil.

O caso, além de forte repercussão em Mato Grosso, também foi destaque na mídia nacional e, nos últimos dias, ganhou uma atenção especial pelo fato do ‘caso Keila Alba’ marcar o retorno à advocacia criminal do ex-deputado Roberto Jefferson, que denunciou o esquema do mensalão -envolvendo o governo Lula e deputados da base aliada- , confessou ter cometido crime eleitoral em repasses de recursos do PT para seu partido, e acabou tendo mandato cassado.

Jefferson atuará como assistende de acusadação da promotora Clarissa de Lima. Aceitou trabalhar de graça ao conversar com o ex-vereador Augusto Alba, por intermédio do deputado Ricarte de Freitas.

A acusação
Valdir Taffarel é acusado de ter encomendado a morte de Augusto Alba a Tarcísio Ribas Thiesen, que por sua vez, teria contratado o pistoleiro Charles Silva (assassino confesso). O crime aconteceu no dia 21 de novembro de 2001. Charles chegou na casa do vereador e Keila foi atender, na varanda. Ele pediu um copo de água com a intenção de ganhar tempo e saber se o ex-vereador estava em casa.

Quando viu Alba, ele invadiu a residência, atirando. Augusto correu para um quarto e não foi atingido pelos disparos. Mas um tiro acertou Keila, que morreu pouco depois, no hospital. Charles foi preso alguns meses depois e confessou o crime. Disse que iria receber R$ 25 mil pelo serviço.

Os outros envolvidos no crime também foram presos. Taffarel ficou preso algum tempo, foi solto e teve novamente sua prisão decretada, mas acabou ficando foragido por um certo período. No ano passado, se entregou.

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