A Comarca de Alto Taquari já recebeu o inquérito policial sobre as investigações do assassinato da juíza Glauciane Chaves de Melo. O documento foi enviado à Defensoria Pública para que tome ciência de que o réu, Evanderly de Oliveira Lima, 43 anos, declarou que não pode pagar um advogado e por isso vai precisar de um defensor.
O processo vai tramitar na Vara Única e será julgado pelo juiz Carlos Augusto Ferrari, que atualmente está lotado na comarca de Alto Garças e vai responder cumulativamente por Alto Taquari.
A juíza foi assassinada na manhã de 7 de junho, pelo ex-marido Evanderly, dentro do fórum da cidade, após uma discussão. O acusado deu dois tiros na região da nuca da magistrada. Ele foi preso no dia 10 de junho, quando foi localizado em uma região de mata, na zona rural da cidade.
No inquérito, o delegado Arnaldo Agostinho Sottani ouviu 10 pessoas, entre funcionários do Fórum, policiais que efetuaram a prisão, amigos próximos à juíza e uma pessoa que teria sido procurada pelo suspeito para comprar a arma.
Evanderly foi interrogado logo após ser preso e se reservou no direito de permanecer calado e somente falar em juízo. Ele está recolhido no anexo II, da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.
Depois de retornar da defensoria, a Vara Única da comarca deve enviar o inquérito para o Ministério Público a fim de que o órgão ofereça uma acusação formal (denúncia), que é o primeiro passo do processo.
Seguindo a legislação, ao receber a denúncia, o juiz abre prazo para a defesa se manifestar, e, em seguida, começa a instrução criminal que consiste, dentre outras coisas, em ouvir testemunhas, ouvir o réu, analisar provas.