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Comandante exonera soldado que auxiliou na fuga de ex-cabo Hércules

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O comandante geral da Polícia Militar, coronel Osmar Lino Farias, assinou duas portarias nas quais excluem dois soldados da corporação por condutas não condizentes com a função. Donne Robson Alves e José de Barros Costa deixaram de fazer parte da PM desde terça-feira (15). No entanto, os documentos foram publicadas no Diário Oficial do Estado que circula hoje.

De acordo com as portarias, pesa contra o soldado José de Barros a acusação de suposto envolvimento em três homicídios que vitimaram Maria Angela da Silva em julho de 2001, em Cuiabá; Márcio Antônio Costa Santos em julho de 2002, em Várzea Grande; e de Valdênio Lopes Viriato em agosto de 2002, em Cuiabá.

Além destes crimes, o militar também é acusado de ter participado em maio de 2003 “do planejamento e execução da fuga do ex cabo da PM Hércules de Araújo Agostinho da Penitenciária Central de Cuiabá (Pascoal Ramos), providenciando as cópias das chaves que possibilitou a fuga do preso e sua condução para longe do presídio, com o uso de uma motocicleta Honda”, destaca o documento. O ex-cabo é um dos acusados de matar o empresário e dono da Folha do Estado, Sávio Brandão.

Ainda segundo o documento, José de Barros foi condenado pela crime que vitimou Márcio em julgamento realizado pela 1ª Vara Criminal de Várzea Grande por homicídio qualificado. Quanto ao crime que vitimou José Valdênio, a 1ª Vara Criminal também condenou o PM. Já em relação a morte de Maria, não houve comprovação que o homicídio tivesse sido praticado pelo soldado. “Em se tratando da participação do disciplinado na fuga do ex cabo da PM Hércules de Araújo Agostinho da Penitenciária Central de Cuiabá (Pascoal Ramos), no dia 03 de maio de 2003, salienta-se que diante das provas carreadas nos autos, o próprio disciplinado assumiu tal feito perante o delegado de Polícia na Gerência de Repressão a Sequestro e Investigações Especiais”.

A defesa do PM alegou que ele estava acometido de “enfermidade psiquiátrica com episódio depressivo grave e sintomas psicóticos com base em parecer médico, no qual ainda fizeram constar que o militar não se encontrava apto para o serviço militar”. Todavia, quando ele foi submetido a um exame dos peritos do Estado, acabou sendo constatado que ele não sofria de doença mental, “acrescentando ainda que o militar reunia condições de saúde física e mental para prestar esclarecimentos de interesse administrativo e judicial”.

Já em relação ao soldado Donne, em setembro de 2007, em Claudia, ele teria se desentendido com um oficial chegando a apontar sua arma contra este. No entanto, ele foi contido pelos colegas que estavam presentes ao local. Não satisfeito, o soldado ainda teria tirado uma faca e continuado com as ameaças contra o oficial. Na oportunidade, Donne chegou a ser preso pelos crimes de desrespeito de outro militar e desacato a superior. De acordo com a portaria, o soldado não apresentou justificativa para suas condutas e foi exonerado.

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