As adversidades climáticas que atrasaram o início da colheita do algodão deram uma trégua em Mato Grosso e agricultores aproveitam para intensificar os trabalhos, colocando as máquinas no campo. A constatação é do Instituto de Economia Agrícola, que revela um cenário diferente nos últimos dias. Estima-se que 40% da área plantada no Estado foram colhidos até a última sexta-feira.
O Imea aponta que as maçãs mais atrasadas começaram a abrir com mais facilidade, devido ao clima seco. Em Campo Verde, a realidade também se mostra favorável ao homem do campo, com avanço de 25% sobre as lavouras cultivadas. Entretanto, se comparada a safra passada, há um atraso, visto que na mesma época, o percentual chegava a 40%.
Segundo o instituto, no Oeste, atingidos cerca de 40%, tirando a demora em relação ao ano anterior. Em algumas regiões do Estado, estima-se um aumento na produtividade. Em Sapezal, segundo o Imea, na safra passada, a média final ficou em 235 arrobas, e, para este ano, espera-se entre 260 a 270 arrombas, um aumento na ordem de 10% a 15%. A colheita também segue um ritmo de evolução e atinge 40%.
De acordo com o último levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), área plantada chegou a 541,8 mil hectares. A previsão é que seja obtida produtividade de 3.775 kg/ha para o algodão em caroço, resultado 1,9% superior a safra passada. A produção deve ultrapassar 2 milhões de toneladas.
Ao algodão em pluma, a estatal estima 1.472 kg/ha e produção de 797,7 mil toneladas. Caroço de algodão, 2.303 kg/ha, com produção de 1.247,6. Em Mato Grosso, um bom volume da produção está comprometida com o mercado externo, e até mesmo com o interno, informa o instituto.