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Com a casa em chamas, mãe salva filho em Sinop

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Sete de agosto de 2008 será uma data que jamais será esquecida pela família de Édna Godinho, 23 anos. A casa dela, no Parque das Araras, pegou fogo e, por pouco, seus filhos não morreram carbonizados. Proteção divina e predestinação fizeram com que ela demorasse um pouco mais para ir ao orelhão telefonar para sua mãe. No meio do fogo, Edna conseguiu salvar um dos filhos. Hoje de manhã, com as costas queimadas e muito emocionada, ela concedeu entrevista ao Só Notícias e relatou os momentos difíceis que passou.

Édna terminou de lavar a louça do almoço e se preparava para ir ao orelhão. O filho Vitor Henrique, de quatro anos, assistia tv, na sala, e, o caçula Felipe, dois anos, estava dormindo. Neste momento, começou o incêndio. “Quando escutei estralos, corri até a sala e corri para ver o que era. O vitor não estava mais lá e o fogo aumentava rapidamente. A fumaça atrapalhava a visão. Procurei o Felipe, que estava dormindo, tateando pelos móveis e chão da sala”, relatou, emocionada. O caçula ela pegou pelas pernas e o levou para fora. Ao passar de um cômodo para outro, o fogo atingiu suas costas, causando queimaduras de 2° grau. Nesse mesmo momento, o televisor explodiu.

Após salvar Felipe, Édna voltou para a casa, em chamas, para procurar Vítor Henrrique. Ficou alguns instantes ao lado de paredes em chamas e telhado caindo. Não via o outro filho. O desespero aumentava cada vez mais. “Meu quarto estava em chamas e o calor que vinha de lá era muito forte. Por um instante, cheguei a pensar no pior”, descreveu. Mas o menino, esperto, havia pulado a janela quando o fogo começou. Minutos depois, a mãe lhe encontrou na casa da vizinha. “Ví o fogo no teto e pulei”, disse o garoto.
Tudo aconteceu em questão de minutos e a mãe acredita que se a criança estivesse no quarto, não conseguiria salvá-lo. As crianças não se machucaram.

Além de perder tudo (casa, móveis, roupas, calçados, documentos), a tristeza é maior
pela morte do cachorro de estimação. Amarrado a um pilar da área, Pit tentava desesperadamente se salvar. “Ele mordia a corrente com toda força pra tentar se soltar, e nós não pudemos fazer nada pra ajudar. O calor era insuportável”, diz Édna, chorando.

Há suspeitas que o incêndio tenha começado na fiação elétrica, entre a sala e o quarto. O corpo de Bombeiros foi acionado pelos vizinhos, mas quando os soldados chegaram, nada puderam fazer para salvar a casa de madeira, que tinha cerca de 20 anos.

Edna e os filhos estão na casa de familiares, no bairro São Cristóvão. O marido dele, José Godinho, trabalha em Lucas do Rio Verde, em uma madeireira. Eles precisarão de ajuda para reiniciar a vida.

Os familiares estão mobilizados em busca de doacões que podem ser comunicadas pelos fones (66) 9642 88 57 – 9604 8391

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