
Jejé era colunista social, trabalhou em vários jornais da capital por mais de 30 anos e se tornou um ícone da cultura cuiabana. Há algum tempo, ele vinha enfrentando problemas de saúde. Nos últimos anos, também enfrentava problemas financeiros.
Jejé nasceu em Rosário Oeste e veio para Cuiabá com apenas quatro anos de idade, onde foi adotado por uma tradicional família cuiabana. Estudou no Colégio São Gonçalo e Escola Técnica Federal.
No final da década de 60, ingressou no jornalismo com o pseudônimo de Dino Danuza. Pelo fato de ser negro e homossexual assumido sofreu muitas discriminações, mas soube vencer as resistências e conseguir seu espaço junto à sociedade. Por muitos anos tornou-se uma figura indispensável nos principais acontecimentos sociais da capital mato-grossense.
Foi também durante muitas décadas umas das principais figuras do carnaval cuiabano, seja nos desfiles de rua ou nos clubes, onde desfilava com luxuosas fantasias confeccionadas por ele mesmo, graças à habilidade conseguida no curso de alfaiataria na Escola Profissional Salesiana. Na alfaiataria Jejé iniciou costurando roupas sacerdotais. Costurou para personalidades religiosas como dom Aquino Corrêa e dom Orlando Chaves.
Nos anos 90, o jornal Diário de Cuiabá fez uma enquete e por maioria do povo cuiabano, Jejé Oyá foi eleito a personalidade que tinha a cara da cidade.
O prefeito em exercício de Cuiabá, Haroldo Kuzai, decretou luto oficial de três dias em razão do falecimento do colunista social.
(Atualizada às 15h20)


