sexta-feira, 19/setembro/2025
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Colíder: justiça dá 10 dias para empresas e Estado se manifestarem de ação do MP sobre usina 

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Redação Só Notícias (foto: assessoria/arquivo)

A Justiça estabeleceu um prazo de 10 dias para que a Eletrobras, Copel e o Estado de Mato Grosso se manifestem especificamente sobre os pedidos de tutela de urgência formulados pelo Ministério
Público de Mato Grosso e juntem documentos e esclarecimentos técnicos. A decisão foi proferida pela juíza Érika Cristina Camilo Camin, da 2ª Vara de Colíder, ontem. A ação foi baseada em relatório técnico do Centro de Apoio à Execução Ambiental que identificou falhas graves na barragem da Usina Hidrelétrica de Colíder, localizada no rio Teles Pires.

Entre os problemas apontados estão erosão interna, insuficiência de instrumentação em drenos e fragilidades no Plano de Ação de Emergência (PAE), que utiliza sistema de alerta sonoro móvel e precário. Também foram constatados impactos ambientais severos, como mortandade de peixes e prejuízos à pesca, ao turismo e à subsistência de comunidades ribeirinhas e indígenas.

O Ministério Público requer, entre outras medidas, a elaboração de um plano de descomissionamento da usina, a revisão da licença ambiental, a atualização dos planos de contingência e o caucionamento, por parte da Eletrobrás e Copel, de R$ 200 milhões para reparação dos danos.

Durante audiência pública realizada na Câmara Municipal de Colíder, também, ontem, o procurador de Justiça e coordenador do CAEx Ambiental, Gerson Barbosa, esclareceu que o MP não solicitou a desativação da usina, mas sim a elaboração de um plano de descomissionamento como medida preventiva. “Se futuramente a operação se mostrar inviável, já haverá um plano pronto para proteger a população e o meio ambiente”, afirmou.

A promotora de Justiça Graziella Salina Ferrari reforçou que a perícia técnica apontou anomalias relevantes de segurança na barragem, impactos ambientais significativos e alterações no ecossistema. “Temos feito uma série de pedidos ao Judiciário, como a adoção imediata de ações emergenciais, planos de contingência, proteção ambiental e caucionamento de valores para reparação dos danos. Constatamos que desde 2022 a usina já apresentava nível de segurança de atenção, elevado para alerta em 2025, em razão de falhas no sistema de drenagem. O Ministério Público seguirá acompanhando rigorosamente o caso”, explicou.

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