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Ciclo de educação representa mudança estratégica no socioeducativo em MT

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O Ciclo de Formação Continuada ofertado a 360 operadores do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) de Mato Grosso está sendo reconhecido pelos participantes como o início de um grande movimento de mudança conceitual, operacional e estratégica na definição da política de socioeducação.

Estão recebendo esta etapa do ciclo as seis unidades da rede socioeducativa localizadas nos municípios de Cuiabá, Cáceres, Lucas do Rio Verde, Sinop, Barra do Garças e Rondonópolis.

A programação é resultado de uma parceria entre Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Secretaria de Assistência Social de Mato Grosso (Setas), Poder Judiciário de Mato Grosso (PJMT), Conselho Estadual de Direitos da Criança e do Adolescente de Mato Grosso (Cedca-MT) e Associação Plante Vida.

Karoline Esdral Camargo, gerente da unidade feminina de Cuiabá, a única do Estado, afirma que esta é uma oportunidade para que os atores do sistema reflitam sobre sua atuação a partir de outras experiências.

“O ciclo continuado é fundamental e deve ser realizado em toda a jornada, com calendário fixo, porque esse tipo de informação que estamos recebendo é muito eficiente a medida que resulta na melhoria do nosso trabalho”, afirma Karoline, fazendo questão de afirmar que está falando em nome de toda a sua equipe, incluindo administrativos, líder de equipe, equipe técnica de referência de serviço social, psicologia, e educação física, dentre outros.

A gerente da unidade acredita que por meio da Educação Continua e possível promover o fortalecimento de toda da rede socioeducativa. “Foi muito importante trazer profissionais da área de outros estados. Houve uma grande troca de experiências”, reconheceu.

Andreia Breda Pereira, agente socioeducativa da unidade de Cáceres, aprovou a iniciativa. “Nós somos bastante carentes e fizemos o possível para participar. A equipe de fora trouxe um novo olhar sobre o sistema, uma visão diferente e que vai contribuir bastante para que busquemos meios de garantir a aplicação das normas do Sinase e do Estatuto da Criança e do Adolescente.”

Já Marina Vicente fez questão de pontuar o papel do Ciclo de Educação Continuada como um instrumento para que, por meio de relatos de experiências de outros Estados fundamentadas no Sinase e no ECA, os profissionais do socioeducativo de Mato Grosso possam buscar a garantia dos direitos da criança e do adolescente em conflito com a lei inclusive por meio da busca de melhor estrutura física das unidades.

Para a advogada Kandysse Paola Fredd, o ciclo trouxe um conteúdo atualizado e professores capacitados. “Foi muito importante para debater questões de comportamento, para que os participantes falassem o que pensam do sistema e colocassem algumas situações práticas vivenciadas no dia a dia. Achei bastante oportuno e necessário”, declarou Kandysse

A psicóloga Genecília Dantas Souza considerou o ciclo como uma oportunidade dos atores reverem suas práticas dentro do sistema socioeducativo, se estão trabalhando dentro que está proposto no Sinase e no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Precisamos estar sendo buscando atualizações, conhecendo outros módulos, de maneira a eliminarmos alguns vícios de postura, de nos vermos enquanto profissionais, tirarmos dúvidas e caminharmos na mesma direção”.

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