As chuvas do começo do ano provocam prejuízos no Centro-Oeste. Em Mato Grosso, o escoamento da safra de soja é interrompido. Nas estradas de asfalto, surgem os buracos e nas de terra, os atoleiros.
Ao fim de cada chuva, os obstáculos aumentam no tamanho e na quantidade. O motorista Mário Queiroz escolheu viajar entre Brasília e Cuiabá pela BR-070 e se arrependeu. “Pensei em economizar alguns quilômetros e ganhei milhões de buracos”, lamentou.
O cenário se repete a cada janeiro. Para ir aos grandes centros, os motoristas precisam passar por rodovias em que as condições do asfalto estão longe de ser a única ameaça.
Em algumas estradas estaduais, pode ser pior. Quem roda pelo norte de Mato Grosso corre o risco de passar dias parado nos atoleiros. “Aqui, se não der dois ou três dias de sol, ninguém consegue passar. O negócio está feio”, aponta o caminhoneiro Edivaldo dos Santos.
Já em Goiás, o temporal da madrugada de sábado, dia 13, deixou rastros de destruição. O nível do Ribeirão Vai e Vem, que corta a cidade de Ipameri, subiu quatro metros. Na GO-123, a água encobriu uma ponte e o trânsito ficou quase cinco horas parado. As fazendas ao lado da rodovia ficaram submersas. Dezessete casas às margens do rio foram inundadas.
A GO-330 também sofreu graves danos. As tubulações que passam embaixo da estrada não suportaram o grande volume de água e um buraco de três metros abriu na pista. O tráfego foi desviado.