A área atingida pelo fogo em Mato Grosso reduziu 76% de janeiro até a segunda quinzena de junho deste ano em relação à igual período ano passado. É a menor área afetada desde o início da série história iniciada em 2019, informou, hoje, o Instituto Centro de Vida, organização não governamental mato-grossense que atua em prol da preservação do meio ambiente. No entanto, 86% do total queimado ocorreram de forma não autorizada.
O volume de chuvas até agora ficou acima da média histórica, o que pode ter contribuído para a redução dos focos de calor, apontou o instituto. O mês de abril em Cuiabá, por exemplo, foi o mais chuvoso desde 1961, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).
De acordo com a organização, Mato Grosso é o 3º Estado mais afetado pelo fogo na Amazônia Legal no ano. Tocantins ocupa o 1º lugar, com 302 mil hectares, seguido por Roraima, com 256 mil hectares. Em relação aos biomas, 62% das áreas afetadas se concentram na Amazônia, seguida pelo Cerrado, com 36%, e do Pantanal, com 1% (sendo 217 hectares no período proibitivo iniciado neste mês).
A categoria fundiária com maior incidência de áreas atingidas pelo fogo foi a de imóveis rurais privados cadastrados. Eles foram responsáveis por 75% das queimadas no estado durante o período analisado, seguido por terras indígenas (12%), assentamentos rurais (6,4%) e áreas não cadastradas (5,6%).
Os municípios mais afetados foram Paranatinga (16 hectares), Tangará da Serra (14 hectares), Gaúcha do Norte (12 hectares), Nova Maringá (9,6) e Brasnorte (9,2). Juntos, representam 26% do total de área atingida.
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