Um grupo com cerca de 60 profissionais do Hospital Regional de Colíder está, neste momento, em frente a sede do Ministério Público Estadual em protesto para demonstrar o descontentamento com a nova forma de gestão da unidade, que passou a ser comandada por Organização Social de Saúde (OSS). Depois, por volta das 17h30, eles devem iniciar uma passeata pela principal avenida da cidade. A unidade, hoje, está atendendo somente os casos de urgência e emergência.
Em entrevista ao Só Notícias, um fisioterapeuta, que participa do protesto, mas prefere não se identificar, disse que a paralisação dos trabalhos na unidade de saúde acontece apenas hoje. Esta seria a forma encontrada pelos profissionais para externar os problemas enfrentados por eles com esta nova forma de gestão, adotada pela Secretária de Estado de Saúde. Os profissionais apontam, por meio de um conselho multidisciplinar criado recentemente, que houve redução de até 50% nos salários, atraso do pagamento referente a março e casos de carga horária excessiva.
Este fisioterapeuta afirmou que no dia da anulação do contrato, o secretário de Estado de Saúde, Vander Fernandes, confirmou o pagamento salarial referente a março até a última quarta-feira (25), porém, os profissionais alegam que ainda não receberam.
A unidade passou a ser gerida pelo Instituto Social Fibra, em janeiro, no entanto, o contrato foi cancelado no dia 13 de abril pois a organização não teria cumprido cláusulas estabelecidas. Em seguida, o governo estadual determinou que o Instituto Pernambucano de Assistência em Saúde (IPAS) assumisse a gestão, temporariamente, por meio de contrato emergencial.
Esta não é a primeira vez que os profissionais se mobilizam. Um dia antes da rescisão contratual com a primeira OSS ser anunciada, os trabalhadores da unidade suspenderam os atendimentos ambulatoriais, cirurgias e exames e fizeram apenas os procedimentos considerados básicos como forma de cobrar os pagamentos referentes a fevereiro e março. Na ocasião, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde afirmou que o pagamento de fevereiro já havia sido feito e de março deveria ser regularizado em breve.