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Cerca de 200 índios estão acampados em frente a usina no Nortão

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Mais 140 índios Cinta-Larga e Arara chegaram à Usina Hidrelétrica de Energia (UHE) Dardanelos e agora são 200 que impedem a entrada de servidores. Hoje, a Fundação Nacional do Índio de Juína (Funai) acompanhará a negociação de um termo de cooperação entre o governo do Estado e a empresa Energética Águas da Pedra para atender às reivindicações de indígenas. A usina, localizada em Aripuanã, foi ocupada na quarta-feira (8) como forma de cobrar a implementação de contrapartidas prometidas antes da construção do empreendimento na região. A comunidade formada por cerca de 1,3 mil indígenas cobra melhorias de residências, construção de postos de saúde e ônibus.

O Plano Básico de Meio Ambiente (PBA) foi firmado entre indígenas e a empresa Energética Águas da Pedra tratando das contrapartidas ambientais e sociais que seriam realizadas após a construção da UHE. O sítio arqueológico da comunidade foi implodido para ceder espaço à usina, mas o líder da etnia Arara, Jocimar Oliveira Arara, reclama da falta de cumprimento.

Melhorias de escolas, residências, a construção de 2 prédios para servir de espaço às associações das etnias, foram itens descritos no PBA, mas não colocados em prática, lista. Dois ônibus, que serviriam para deslocamento de indígenas e assistentes sociais entre as aldeias e a cidade, assim como o investimento em postos de saúde com a contratação de mais profissionais, também não foram garantidos. Jocimar diz que ficou acordada a oferta de atendimento odontológico e médico nas aldeias.

O presidente da Associação de Indígenas Pstkreej, Daeit Kapan Cinta-Larga, diz que da longa lista de contrapartidas, apenas a 2 caminhonetes e 6 barcos foram garantidos às etnias. Daeit diz que a comunidade ficará na entrada da usina para impedir as atividades de servidores até que as promessas sejam cumpridas.

O coordenador da Funai em Juína, Antônio Carlos Ferreira de Aquino, diz que um representante da Casa Civil entrou em contato com o órgão para assinar o termo de cooperação, que está sendo firmado. Entre os itens reivindicados, há alguns que são de competência do Estado e será necessário especificá-los em documento.

Entre as contrapartidas estão previstas a viabilidade aos indígenas do plantio de árvores frutíferas e criação de animais com objetivo de oferecer meio de subsistência. Também há ações de melhorias nas áreas de educação e saúde. O PBA prevê a reforma de estradas internas de terra para mobilidade dos indígenas entre as aldeias.

A reportagem tentou contato com a Energética Águas da Pedra, mas não encontrou telefone disponível no site oficial da empresa. A construção da UHE durou 3 anos, mas ainda não está em operação.

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