
As partes participaram de um novo formato na unidade, onde as audiências tem foco na conciliação e duram cerca de 30 minutos, explica a conciliadora da Vara do Trabalho de Lucas do Rio verde, Lorena Gonçalves. As partes conversam, debates acordos e entram em consenso. Um dos princípios do Cejusc é a confidencialidade, de forma que tudo que é dito durante a audiência não pode ser levado nem mesmo ao juiz, se este não estiver presente. “O mediador está ali para fazer uma intervenção, mas não necessariamente o acordo vai surgir de uma sugestão dele. Está ali para evitar, por exemplo, uma transação de direito indisponíveis. As partes e o mediador são parceiros”, explica.
Lorena conta que, muitas vezes, as partes só querem ouvir um pedido de desculpa e isso é proporcionado no Cejusc, já que há mais tempo para conversar, o que não costuma acontecer em uma audiência convencional. “A intenção é tirar essa lógica de justiça litigante, onde um vence e outro perde. Com a conciliação, as duas partes saem com a sensação de que seus direitos foram atendidos”, afirmou, através da assessoria do TRT.
Segundo o juiz titular da Vara de Lucas do Rio Verde e coordenador do Cejusc, Juliano Girardello, a criação da unidade vai auxiliar no rompimento da cultura da combatividade no processo e estimular a cultura da cooperação. “A criação do Cejusc visa, primeiramente, mudar a forma de ver os litígios. A ideia é que todos os agentes tentem encontrar uma solução amigável, ao invés de buscarem por uma impositiva”, explicou.
A unidade foi instalada oficialmente em Lucas do Rio Verde na última quinta-feira. O volume de ações mensais que o centro deve buscar conciliações não foi informado.


