
No ano passado, a justiça local havia interditado O Colonial e dado 30 dias para que a prefeitura e as duas empresas, que ainda recorrem, fizessem a catalogação dos dados arquitetônicos, em caso de efetivo perecimento, para promover-se sua reconstrução e o início de restauração das estruturas – até então danificadas. Mas o Tribunal de Justiça acatou recurso da prefeitura, em que argumentou não ser de responsabilidade da gestão tal ação mas sim, do proprietário, derrubando a decisão.
Uma das empresas envolvidas explicou que não é dona do empreendimento mas disputa na justiça para obter a posse, como parte de pagamento referente à venda de ações em 1999, pela outra, que não se pronunciou ainda.
Na ação, o MPE argumentou o prédio tem valor histórico e cultural porque foi construído na década de 1980 com vocação para ser um centro de eventos e solenidades públicas e privadas, inclusive em cujo terreno – sobre o qual foi erguido – foi comemorada a fundação de Sinop em 14 de setembro 1974. Destacou que sua construção no estilo rústico ‘colonial’ do Sul do Brasil, passou a receber ainda autoridades e pessoas ilustres em diversas solenidades, a exemplo dos governadores José Fragelli e Júlio Campos, o ministro do interior Maurício Rangel Reis e o presidente da República João Baptista de Oliveira Figueiredo”, de maneira que “há nos autos provas do valor histórico do prédio, bem como provas de seu efetivo abandono pela proprietária e por sua possuidora".


