quinta-feira, 12/dezembro/2024
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Caos aérero: deputado de CPI diz que avião do Papa perdeu contato com torre no Brasil

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Uma gravação feita por um rádio-escuta amador da Paraíba foi apresentada hoje (15) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, na Câmara, como prova da existência de pontos cegos no sistema aéreo brasileiro.

Segundo o deputado Efraim Filho (DEM-PB), o áudio revela que no último domingo, o avião da companhia aérea Alitalia que transportava o papa Bento XVI de volta ao Vaticano tentou contato com a torre de comando do Cindacta 3, em Recife, sem sucesso.

“É a prova irrefutável de que há pontos cegos no sistema de comunicação do sistema aéreo brasileiro”, afirmou o deputado.

Ele disse que, após tentar transmitir uma mensagem de despedida do papa, o comandante da aeronave italiana precisou pedir o auxílio de um avião da TAM que voava na mesma freqüência para fazer contato com a torre de comando. E que a resposta demorou 23 minutos.

A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com o Comando da Aeronáutica e a Nunciatura Apostólica para averiguar a veracidade da informação, mas até o momento não obteve resposta.

Embora pondere que se trata de informação extra-oficial, Efraim Filho afirma que já requisitou à CPI que solicite à Alitalia, à TAM e à torre de controle de Recife dados oficiais sobre as comunicações feitas entre 23 horas e 24 horas do dia da viagem do papa.

Segundo o presidente da CPI, Marcelo Castro (PMDB-PI), a comissão vai tomar providências para averiguar se o episódio relatado é verídico. “Se isso de fato aconteceu, vai fazer parte do nosso relatório, porque é um sinal de que o controle de tráfego aéreo no Brasil continua com problemas”.

O deputado do Democratas da Paraíba não revelou o nome do rádio-escuta que teria lhe passado a gravação, mas garante ter explicado que seria apresentada à CPI e que ele estaria passível de responder criminalmente se não fosse verídica.

Para Efraim Morais, o episódio demonstra a existência de zonas cegas no espaço aéreo brasileiro, que impossibilitam a comunicação entre aeronaves e a torre de controle. “Se fosse uma mensagem de urgência, ou um pedido de socorro, estaria realmente fadada ao insucesso. Pelo tempo que demorou a resposta, logicamente teria ocorrido uma fatalidade, como no acidente da Gol”.

O deputado disse que as primeiras tentativas de contato foram feitas em inglês. Já o avião da TAM, após receber o pedido de auxílio, também em inglês, transmitiu um comunicado ao Cindacta 3 em português.

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