A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) informou há pouco, por meio de sua assessoria que todos os 67 aeroportos comerciais do país estão parados para decolagens. Só Notícias obteve a confirmação, há instantes que o Marechol Rondon, em Várzea Grande, o principal de Mato Grosso, também está fechado. Vôos comerciais e particulares para o interior mato-grossense e outros Estados estão suspensos, a exemplo dos demais no país. São 3 turnos com 7 operadores em cada um que suspenderam as atividades. O motivo é o protesto dos controladores de vôo do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Espaço Aéreo (Cindacta). Em Brasília, o Aeroporto Internacional Internacional Juscelino Kubitschek está fechado desde as 18h44.
O ex-presidente da Associação dos Controladores de Vôo de Brasília, José Ulisses Fontenelle, confirmou que a categoria está fazendo uma paralisação com greve de fome. Segundo ele, é um protesto contra represálias do Comando da Aeronáutica, que estaria transferindo de cidade operadores que tinham cargo de direção na associação.
O comando da Aeronáutica convocou uma reunião com todos os controladores de vôo do Cindacta que trabalham em Brasília. Aqueles que não comparecerem serão considerados participantes do protesto.
A reunião vai contar com a presença do ministro do Planejamento Paulo Bernardo. Ele deixou há pouco o Palácio do Planalto em direção ao Cindacta, acompanhado do diretor do departamento de Controle do Espaço Aéreo, brigadeiro Jamon Cardoso. Bernardo vai negociar com os controladores que estiverem na reunião.
Com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem a Washington, o assunto está sendo discutido no Palácio do Planalto. Participam da reunião, além de Bernardo, o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Franklin Martins, o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, General Armando Félix, o chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito.
Esta tarde, o ministro da Defesa, Waldir Pires, afirmou que o Estado democrático e as famílias brasileiras “não podem ficar reféns de ninguém”. Ele esteve reunido hoje (30) com os presidentes da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), brigadeiro José Carlos Pereira e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi.
“Os problemas de hoje vem de décadas e demoram a ser resolvidos. Todos nós precisamos de paciência”, afirmou, após o encontro. Esta semana, o presidente da Infraero já havia dito que é “impossível” determinar “prazo, dia e hora” para o fim da crise, como havia pedido o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.