O tráfego na MT-235, Rodovia da Produção, que liga os municípios de Nova Mutum a Santa Rita do Trivelato foi liberado após 3 horas de manifestação de caminhoneiros, neste sábado à tarde. Eles se concentraram na praça de pedágio cobram solução para um atoleiro, no trecho ainda não asfaltado, a cerca de 60 km de Mutum. Mesmo sendo uma rodovia estadual, portando de responsabilidade do Estado, o prefeito Lírio Lautenschlager esteve no local e comprometeu-se em solucionar o problema, utilizando maquinários da prefeitura. O presidente da câmara, Luiz Carlos Gonçalves, esteve no local e defendeu que o Estado mande, posteriormente, uma patrulha mecanizada para o local e resolva o problema.
Carretas e caminhões carregados ficaram atolados e saíram com auxílio de trator. Os motoristas estão indignados com porque pagam pedágio (cerca de R$ 52 por carreta bitrem) e o problema com o atoleiro não é solucionado. Eles deixaram claro que, se o trecho não for resolvido até a segunda-feira, devem trancar a rodovia novamente. Hoje, as filas foram de aproximadamente 3 km no sentido Trivelato-Nova Mutum.
O asfaltamento dos 38,8 km que faltam ser feitos está previsto para ano. A expectativa da Associação dos Beneficiários da Rodovia da Produção e da concessionária era que 15 quilômetros fossem executados até dezembro passado, mas a necessidade de readequar o projeto atrasou a licitação.
Segundo Nestor Poletto, presidente da associação e da concessionária, o projeto foi refeito. Em razão de uma medida editada pelo Tribunal de Contas, licitações para obras de asfaltamento, só podem ser lançadas tendo por base o projeto executivo e não mais o projeto simples. Ainda em outubro, o projeto foi protocolado novamente na Secretaria de Infraestrutura – Sinfra e o TCE deu parecer positivo, de maneira que o edital estaria na eminência de ser publicado, o que ainda não aconteceu.
O orçamento do Estado previa R$ 10 milhões para a obra em 2011, recurso que seria suficiente para executar 15 quilômetros. Os trabalhos na MT-235 iniciaram em 2003 e já estão asfaltados 77 km. A readequação foi para ajustes no traçado, nas imediações do rio Alegre, bem como a mudança do local da ponte sobre o rio Moderno. Foram feitas também mudanças em algumas curvas, que no projeto inicial eram bastante acentuadas.
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