Pelo sétimo dia seguido caminhoneiros continuam bloqueado as rodovias de Mato Grosso e em diversos Estados para forçar o governo a atender suas reivindicações. Segundo a concessionária que administra a BR-163, no trecho sob sua concessão (da divisa com Mato Grosso do Sul até Sinop) são 12 pontos de interdição neste domingo. Em Rondonópolis (km 95 e km 119) , em Nova Mutum (km 593 e km 601), Lucas do Rio Verde (km 686 e km 691), Sorriso (km 746 e km 750) e Sinop (km 821). Na BR-364, os manifestantes estão em Jaciara (km 269) e no Distrito Industrial de Cuiabá (km 398). Ainda na capital, há um grupo no km 504 da BR-070 (rodovia dos Imigrantes).
Neste domingo, a Polícia Rodoviária Federal ainda não atualizou os pontos de bloqueios, mas ontem, além dos pontos divulgado pela concessionária, também havia em: Guarantã do Norte (km 1065), Lucas do Rio Verde (BR-163 km 691 e BR-070 km 686), Ponte e Lacerda (km 288), Campos de Júlio (km 1191), Sapezal (km 1120), Comodoro (km 488), Barra do Garças (km 5 e 8), Água Boa (km 564), Campo Novo do Parecis (km 878), Confresa (km 130), Diamantino (km 613), Primavera do Leste (km 276 e 282),), Campo Verde (km 376 e 383), Nova Xavantina (BR- 158, no km 650), Matupá (BR-163, KM 1042), Alto Garças (BR-364, KM 56), Cáceres (BR-070, KM 735) e Pedra Preta (BR-364, km 177).
Novas propostas do movimento dos caminhoneiros foram apresentadas, neste sábado, ao governo federal. Os caminhoneiros querem desconto de 10% no valor do diesel que será cobrado na bomba, a ampliação desta redução de 30 para 60 dias e o fim da suspensão da cobrança de tarifa de pedágio para eixo elevado dos caminhões para todo o país, informa a Agência Brasil. Os representantes do movimento de paralisação em São Paulo se comprometeram com o ministro a repassar o acordo aos caminhoneiros de outros estados por grupos de WhatsApp da categoria, caso a resposta do governo federal seja positiva.
Ao longo deste domingo, o ministro da Casa Civil, Carlos Marun e ministros de várias áreas se reunirão no Palácio do Planalto, no gabinete de gestão de crise, na tentativa de encerrar a paralisação. É esperado para esta tarde anúncio de um acordo entre governo federal e caminhoneiros.
Ontem, o governador Pedro Taques decretou, em Sinop, onde cumpre agenda com lançamento de obras e na Caravana da Transformação, situação de emergência em Mato Grosso devido à paralisação dos caminhoneiros que não estão transportando combustíveis, gás, comida e centenas de outros produtos e, consequentemente, causou desabastecimento em dezenas de cidades mato-grossenses. O decreto prevê ações do governo para evitar situações que possam comprometer a oferta da prestação de serviços considerados essenciais à população, como nas áreas de saúde e segurança pública, autorizando a adoção de algumas medidas para assegurar a prestação de serviços essenciais, como a alocação de recursos orçamentários para custear ações emergenciais e até a utilização de forças de segurança para garantir a livre circulação dos meios de transporte para a distribuição de alimentos e combustíveis.
Diversas cidades de Mato Grosso já foram afetadas por falta de gasolina, diesel, etanol, gás de cozinha, materiais de construção e centenas de outros produtos.
(Atualizada às 09:25h)