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Caminhoneiros alegam que governo não atendeu ‘duas importantes reivindicações’ e mantém bloqueios em MT

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Os caminhoneiros não aceitaram a proposta do governo federal e vão continuar com o bloqueios nas rodovias federais em Mato Grosso e em outros Estados. Um dos líderes do movimento que está em Brasíliaconfirmou há pouco, ao Só Notícias, que dois dos principais itens na pauta de reivindicação – reduções nos preços dos combustíveis com isenção PIS/Confins e aprovação do projeto de política de preços mínimos do transporte rodoviário de cargas para promover condições razoáveis aos fretes em todo o território nacional, mediante tabela elaborada semestralmente pelo órgão competente com valores por quilômetro rodado por eixo carregado e conforme a carga –  ainda não foram atendidos no conjunto de medidas anunciadas, ontem à noite, pelo governo federal que alegou 'acordo' para acabar com o movimento.

Nesta sexta-feira as negociações com o governo ainda não avançaram e, em todo o país, os bloqueios permanecem em 22 Estados.

Hoje, segundo a Polícia Rodoviária Federal, estão mantidos bloqueios em 26 trechos de rodovias federais em Mato Grosso. São eles: Sinop (km 821 região do Alto do Glória, Sorriso (km 746 e 750), Guarantã do Norte (km 1065), Lucas do Rio Verde (BR-163 km 691 e BR-070 km 686), Nova Mutum (km 593), Ponte e Lacerda (km 288), Campos de Júlio (km 1191), Sapezal (km 1120), Comodoro (km 488), Barra do Garças (km 5 e 8), Água Boa (km 564), Campo Novo do Parecis (km 878), Confresa (km 130), Cuiabá (km 504 e 398), Rondonópolis (km 200 e 119), Diamantino (km 613), Primavera do Leste (km 276 e 282), Jaciara (BR-364 km 269) e Campo Verde (km 376 e 383).

Ontem, o governo chegou a anunciar um acordo que poderia acabar com o protesto que completou quatro dias com bloqueio de carretas carregadas com produtos em mais de 20 Estados que estão paradas. Os principais pontos apresentados foram:

– Preço do diesel será reduzido em 10% e ficará fixo por 30 dias. O valor ficará fixo em R$ 2,10 nas refinarias pelo período

– Os custos da primeira quinzena com a redução, estimados em $ 350 milhões, serão arcados pela Petrobras. As despesas dos 15 dias restantes ficarão com a União como compensação para a petrolífera.

– A cada 30 dias, o preço do combustível será ajustado conforme a política de preços da Petrobras e fixado por mais um mês.

– Não haverá reoneração da folha de pagamento do setor de cargas

– Tabela de frete será reeditada a cada três meses

– Ações judiciais contrárias ao movimento serão extintas

– Multas aplicadas aos caminhoneiros em decorrência da paralisação serão negociadas

– Entidades e governo terão reuniões períodicas

– Petrobras irá contratar caminhoneiros autônomos como terceirizados para prestação de serviços 

Ontem, o Sindicato dos Distribuidores de Petróleo e Gás em Mato Grosso apontou que 4 cidades estavam sem combustíveis – Diamantino, Juína, Tapurah e Nova Xavantina.

Em Sinop, 80% dos postos estão sem combustível. Em Sorriso, pelo menos 4 estão fechados porque todo estoque foi vendido.

A falta de diesel também tem causado impactos em diversos setores, inclusive na administração pública. A prefeitura de Sinop comunicou que a coleta de lixo começou a ficar comprometida. A Polícia Militar em Sinop adotou medidas para economizar combustível. A prefeitura de Sorriso suspendeu as aulas, esta tarde, em mais de 30 escolas municipais.

A maior parte das revendedoras de gás de cozinha em Sinop também comercializou todos os botijões.

O apoio ao movimento dos caminhoneiros continua crescendo. Hoje, em Lucas do Rio Verde, a prefeitura, CDL e ACES convocaram o comércio para reforçar o manifesto. Esta tarde, em Sorriso, o comércio deve fechar as portas por algumas horas também para apoiar o protesto pela redução nos preços dos combustívies. Ontem, em Sinop, a Unesin –que representa 25 entidades- organizou grande carreata, da Catedral até o ponto onde caminhoneiros estão concentrados na 163.

(Atualizada às 12:19h)

Em instantes mais detalhes

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