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Caminhoneiros aderem a protesto de agricultores bloqueando rodovias no Estado

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O protesto dos agricultores do Nortão e Sul mato-grossenses entra na segunda semana com apoio dos caminhoneiros, que aderiram ao “Grito do Ipiranga” por também estarem tendo prejuízos com preço dos fretes e óleo diesel caro. Aliás, o preço do diesel também é apontando como um dos principais motivos pelo encarecimento nos custos da produção de soja, arroz, milho e algodão. A Associação Nacional dos Transportadores está estudando a adesão ao protesto iniciado pelos agricultores. Em Mato Grosso, o Sindicato dos Caminhoneiros está apoiando a ação organizada no Estado. O vice-presidente da entidade, Walter Pereira de Souza, destacou que este ano houve queda de 65% no volume de fretes em função da crise no setor agrícola.

Os caminhoneiros começaram a aderir aos protestos no domingo, em Lucas do Rio Verde. Vários deles pararam espontâneamente e passaram a ficar concentrados nos locais onde produtores mantém a BR-163 bloqueada impedindo, principalmente, a passagem de caminhões carregados com a safra e insumos. No final do semana e no feriado, o bloqueio parcial na rodovia continuou. Há cerca de 300 caminhoneiros parados em postos de combustíveis, em frente a armazéns, às margens da rodovia e em outros locais.

Ontem, em Rondonópolis, caminhoneiros se uniram aos produtores para impedir o tráfego nas rodovias 163 e 364. Caminhões e carretas carregados com combustível também não passam. O bloqueio não tem hora para terminar. Os integrantes do manifesto pretendem bloquear o tráfego de cargas não perecíveis, como madeira e derivados.

Em Sorriso, o bloqueio na BR-163 deve continuar parcial. Um dos coordenadores do movimento informou ao Só Notícias que o movimento deve ganhar hoje a adesão da Associação dos Caminhoneiros, que também deverão fazer uma manifestação.
Ontem, uma reunião no Sindicato Rural, reuniu mais de 100 mulheres de agricultores, que estão definindo uma mobilização em apoio ao Grito do Ipiranga. “A medida agora é aguardar, uma vez que hoje vence o prazo para que seja cumprida a liminar que determinou a reabertura da BR”, explicou um agricultor.

O grande movimento de caminhões, segundo ele, já parou. “Os motoristas sabem que não vão conseguir passar com os caminhões carregados de produtos agrícolas e nem estão se arriscando mais”, explicou. Bloqueio de agências bancárias para hoje, não está sendo cogitado.

Em Sinop, os agricultores decidiram aderir à mesma forma de bloqueio feita em outras regiões do Estado e vão reter todas as cargas não perecíveis. “Ou seja, vamos reter madeira e todo tipo de carga seca. Pedimos a compreensão das madeireiras, para que nem carreguem que não vamos deixar passar. Há ainda uma possibilidade de começarmos mais tarde, a reter câmaras frias, portanto, os frigoríficos devem ficar atentos”, explicou um dos organizadores.

Em frente das agências bancárias, não está programado outro manifesto, mas os agricultores de Sinop estão preparando um abaixo-assinado pedindo a substituição do gerente geral e do gerente da URR (setor de renegociação de dívidas) da agência 1180 (próximo à Praça das Bandeiras). “Enquanto isso não vier a acontecer, os agricultores não vão procurar a agência para qualquer tipo de operação e ainda poderão pedir a transferência de suas contas para outra agência a qualquer momento. Isto se deve ao tratamento desumano, ao descaso do gerente geral e aos maus tratos e ameaças que o gerente da URR vem fazendo aos agricultores”, explicou um dos agricultores.

Hoje, às 14:00hs, em Cuiabá, os prefeitos de Sinop, Nilson Leitão, de Lucas do Rio Verde, Marino Franz, de Sorriso, Dilceu Rossato e de Nova Mutum, Adriano Pivetta, vão conversar com o juiz federal Julier Sebastião da Silva e explicar os objetivos do manifesto. O principal deles é forçar o governo a mudar a política econômica para que a safra volte a ter preços que sejam suficientes para bancar as despesas- o que não vem ocorrendo hoje-.
O juiz concedeu liminar impedindo os bloqueios. Na sexta-feira, em Lucas, os prefeitos intermediaram contato entre a Polícia Federal e agricultores sobre a decisão judicial. Como era milhares de manifestantes e poucos policiais, houve entendimento que não haveria bloqueio geral na rodovia até hoje à tarde quando os prefeitos conversam com o magistrado, que concedeu liminar a pedido do Governo Federal.

Em Nova Mutum, os produtores voltaram para a BR-163 e bloquearam o tráfego geral no sábado à tarde, domingo e ontem por algumas horas.
Em Campo Novos dos Parecis a rodovia estadual MT 170 está bloqueada há 4 dias para transporte de grãos e insumos.

Na BR-158, no Araguaia, também houve adesões ao protesto dos agricultores.
Hoje à tarde, a Federação da Agricultura de Goiás vai se reunir para decidir se também adere ao manifesto.

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