O Poder Judiciário, prefeitura e a direção da cadeia pública de Juína firmaram convênio para empregar 13 reeducandos em postos de trabalho da administração municipal. Assinado no mês passado, os reeducandos serão contratados em órgãos da prefeitura recebendo um salário mínimo. De acordo com o diretor da cadeia, Odair Corrêa da Silva, o apoio do Judiciário e a compreensão da prefeitura em admitir reeducandos e colaborar no processo de ressocialização dos mesmos foram fundamentais.
Na cadeia, os reeducandos também exercem outras atividades laborais e de educação. Na marcenaria instalada no local, onze deles trabalham na fabricação de cabos de vassoura – 35 mil unidades já foram fabricadas e vendidas a uma empresa de São Paulo. Pelo trabalho mensal, os reeducandos recebem entre R$ 400 e 450. Pelo trabalho ou estudo, o reeducando tem remissão de um dia na pena a cada três dias de atividade, conforme prevê a lei de execuções penais. Os reeducandos também têm a oportunidade de estudos, com aulas de alfabetização para adultos e Ensino Fundamental.
Porto dos Gaúchos – Oficina de tapeçaria, marcenaria e educação são os projetos desenvolvidos com os reeducandos que cumprem pena na cadeia Pública de Porto dos Gaúchos. Dos 20 reeducandos, 14 dedicam toda atenção, capricho e criatividade na confecção de tapetes, jogos de cozinha e banheiro, caminhos de mesa e almofadas. Os produtos são confeccionados durante as aulas na oficina de tapeçaria.
Na marcenaria os reeducandos fabricam brinquedos, vasos e lembranças do município, que em parceria com a prefeitura são distribuídos durante festas e festivais na região. Além do artesanato, os reeducandos da unidade freqüentam também as aulas de ensino fundamental, médio e superior, sendo que um dos reeducandos está cursando gestão financeira.
Segundo a diretora da unidade prisional, Rosilda Josefa da Silva, para os reeducandos participar das oficinas e aulas é gratificante porque além de ajudar na redução da pena, eles preenchem o tempo dentro da unidade. Rosilda afirma ainda que o objetivo da direção é profissionalizar os reeducandos. “Vários reeducandos que passaram pela unidade continuam o trabalho de produção de artesanatos usando o que apreenderam nas aulas, como profissão", destacou.